Individual Cadastrado

Nome Requerido
Nome Requerido

Nome Requerido
Local Requerido
Favor Preencer o cep

Por favor digite seu endereço.
Por favor digite seu bairro.
Por favor digite sua Cidade.
Please enter your shipping address.

Gerson Carlos Matias de Sousa (Gerson Moreno) é coreógrafo, dançarino, professor e pesquisador em danças negras, indí­genas e populares brasileiras, graduado em pedagogia com especialização em Educação Biocêntrica e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde investigou processos de aprendizagem e criação em danças afroancestrais, proposições pedagógicas e modos de fazer em territórios de ensino formal e não formal.

Iniciou sua trajetória artí­stica em 1987 militando em comunidades eclesiais de base (CEBs) vinculadas í  Teologia da Libertação. Em 1994 fundou a Cia Balé Baião em Itapipoca, agregando jovens da periferia para dançar ritmos populares inspirados em temas polí­ticos e sociais. Seu primeiro trabalho foi um tributo a Zumbi dos Palmares: “Rebelião do Swing” (1994).

De 2000 a 2001 fez o Colégio de Dança do Ceará - Curso de Capacitação Técnica para Coreógrafos, pelo Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza. Retornando a Itapipoca em 2002 deu continuidade ao trabalho desenvolvido com a Cia Balé Baião realizando em conjunto atividades permanentes de formação, pesquisa, criação e difusão da dança cênica em Itapipoca e região no Ponto de Cultura Galpão da Cena. Em 2004 foi agraciado com um prêmio na área de “pesquisa de linguagem em dança” através do I Edital de Incentivo í s Artes da Secretaria de Cultura do Estado (Secult). Através dele passou a codificar e sistematizar os métodos de trabalho da Cia Balé Baião, especificamente os processos de criação coreográfica e os processos de ensino-aprendizagem de dança desenvolvidos com “pessoas comuns” ou “não-bailarinos”, no âmbito das individualidades (singularidades corporais) e coletividades dançantes.

Enquanto Pedagogo e arte-educador formado pela Facedi/UECE, assumiu diversas trabalhos na área de capacitação continuada, criação e fruição de Dança, atingindo diversas demandas de adolescentes, jovens e educadores populares, tendo a Educação Inclusiva/Libertadora de Paulo Freire como foco prioritário, destacando os projetos: AABB Comunidade de Itapipoca, Projeto Dança Trairi (Trairi CE), Projeto Dança Uruburetama (Uruburetama CE), Arte Quilombola, na Comunidade Quilombola de Águas Pretas (Tururu CE), Instituto Ozí­ris Pontes (Juá, Irauçuba CE), dentre outros.

Em 2006 passou a colaborar enquanto curador de duas Mostras Nacionais de Dança realizadas no interior cearense: O Festival de Dança do Litoral Oeste (em parceria com a Secretaria de Cultura do estado do Ceará) e a Mostra Performática Intenções (em parceria com Movimento Sociais e entidades culturais do Vale do Curu/Litoral Oeste). Desde então vem formatando ações permanentes de formação de plateia e circulação de artistas/coletivos/grupos/Cias em espaços/equipamentos do interior do Ceará.

Desde sua fundação, a Cia Balé Baião desenvolve coletivamente processos de criação em dança vislumbrando edificar corporeidades/dramaturgias para/com a cena contemporânea, tendo nas danças brasileiras, sobretudo nos códigos, sí­mbolos e narrativas afroamerí­ndias, as suas referências conceituais e estéticas que por sua vez fundamentam suas pesquisas, experimentações e processos de composição coreográficas. A investigação/produção da Cia Balé Baião nasce da própria vivência cotidiana nesses territórios, da relação e trabalho continuado inserido no Maracatu itapipoquense: “AZ de Espadas”, (2003 a 2008), na Comunidade Quilombola de Itapipoca: “Nazaré” e Tururu: “Água Preta” (de 2008 até os dias atuais), nas religiões afro-brasileiras, especificamente no candomblé, umbanda e jurema, frequentando a Casa Ilê Axé Ogum já, em Itapipoca CE (a partir de 2011 até dos dias atuais), e no conví­vio/colaboração com as atividades do Grupo Parente Torém, núcleo da dança indí­gena da aldeia dos Tremembé da Barra do Mundaú, Itapipoca CE (de 2017 aos dias atuais).