Oficina Cadastrada

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Árvores é um exercício do desejo de permanência, invertendo o espaço e questionando o tempo. 
Até quando o corpo aguenta?
 
O trabalho surge como desejo de enraizamento na cidade, onde pessoas vestidas com o mesmo figurino habitam em espaços de passagens. Ali, contrapõem-se ao fluxo de movimento, permanecem de cabeça pra baixo até o corpo não aguentar mais e cair.
  
A proposta de realizar a performance Árvores em diferentes cidades pretende ampliar a discussão sobre a permanência, ao possibilitar que os artistas locais deixem rastros, não só na paisagem urbana da cidade, mas também nos seus próprios corpos. Para isso, será ministrado um workshop com os artistas locais, com o objetivo de capacitá-los para realizar a performance bem como discutir a proposta e práticas de dança em espaços não convencionais.
 
A performance acontece a partir do momento em que os participantes vestem o figurino/ saia e saem em direção ao espaço performativo. O figurino é parte da performance, uma vez que não é possível a sua execução sem ele. Composto por uma saia-calça  deixa só as pernas à vista quando os bailarinos viram de cabeça para baixo.

Ao chegar no espaço performativo, a ação se inicia quando os bailarinos viram árvores de cabeça para baixo. A duração da performance varia com a capacidade de cada bailarino em ficar de ponta cabeça. Quando o corpo não aguenta mais eles vão caindo, um à um, onde permanecem criando um jardim de corpos deitados no chão.

Árvores interroga as maneiras possíveis para o corpo resistir, continuar, seguir em potência.

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Realizar a performance Árvores a partir de um workshop com bailarinos locais surge enquanto desejo de ampliar a discussão sobre a permanência ao possibilitar deixar rastros não só na paisagem urbana da cidade mas também nos corpos dos bailarinos daquela região.

Dessa forma sugerimos a realização de um workshop com artistas locais com o objetivo de prepará-los para realizar a performance bem como discutir a proposta e práticas de dança em espaços não convencionais, pesquisa desenvolvida por Clarice Lima.

A performance Árvores cria paisagens temporárias na cidade que se tornam mais efetivas a partir do contato com os seus habitantes. Trazer seus habitantes para dentro da performance é estimular um ambiente de troca entre a performance e a cidade, bem como criar  e absorver novos significados dentro do contexto local.

Através de uma convocatória aberta e gratuita, convidaremos os bailarinos e demais interessados a participarem do workshop que acontecerá dentro da estrutura e da programação do Festival.


Conteúdo prático do workshop:
- técnicas de parada de cabeça
- técnicas de queda a partir da parada de cabeça
- ensaio da ação performática
- prova de figurino 
- visita, marcação e entendimento da ação no espaço performativo

Conteúdo Teórico do workshop:
- conversa sobre a performance no contexto local
- conversa sobre práticas de dança em espaços não convencionais


Pré-Requisito: os participantes devem saber realizar parada de cabeça/ parada de três apoios.
Numero de Participantes: 5 à 30 pessoas
Duração: 2 dias com 3 horas cada
Necessidade Técnica: sala ampla com piso liso e plano


Clarice Lima tem 29 anos é Cearense e mora em São Paulo.

Estudou no Colégio de Dança do Ceará, na Folkwang Hoschuler, Alemanha e é formada em dança pela Amsterdam Hogeschool Voor de Kunsten – departamento de Dança Moderna/Teatro.

 

Trabalhou com coreógrafos legais entre eles Jan Fabre, Constanza Macras, Jorge Garcia, Cristian Duarte, Thelma Bonavitta, entre outros.

 

Desde 2005, estabelece parcerias artísticas para criação de seus espetáculos. Foi contemplada pelo edital Novos Coreógrafos: Novas Criações – Site Specific 2009 do Centro Cultural São Paulo com o projeto Circuito Cultural, pelo prêmio FUNARTE Artes de Rua 2009 com o projeto Circuitos – Corredor Cultural Paulista, estreou o trabalho Eles Dançam Mal na Bienal SESC de Dança 2009 em Santos e durante a residência Artística Entorno desenvolveu a performance Árvores, que foi também apresentada na Bienal SESC de Dança 2011 em Santos e ganhou o prêmio Klauss Vianna 2011 na categoria circulação com o qual se apresentou em São Luís, Juazeiro do Norte, Teresina e Belo Horizonte e circulou nos principais festivais de dança do Brasil entre eles Festival Panorama, Bienal Internacional de Dança do Ceará e Festival Contemporâneo de Dança. Durante o projeto Arqueologia do Futuro, desenvolveu DPI Experimento Espetacular que foi apresentado na Bienal de Dança do Ceará em 2011 e no Projeto Trepadeira, São Paulo 2012.

 

Clarice foi a única Brasileira selecionada para o workshop 50 Days Flying Low e Passing Through com David Zambrano na Costa Rica e durante a sua residência dirigiu o vídeo-dança Day Project, composto por 50 mini vídeos que já foram apresentados em Amsterdam, Barcelona e Eslovênia e hoje ministra workshops de Flying Low e Passing Through para bailarinos profissionais.

 

Junto com a fotografa Patrícia Araujo desenvolveu o projeto Saia que em sua primeira edição foi publicado nas revistas +Soma #14 e GUDI#2 2009, foi selecionado para o 61o Salão de Abril de Fortaleza, 2010 e a para a exposição À 4 Graus do Equador, 2011. Foi contemplado pelo edital Funarte Artes de Rua 2010 e em 2012 teve na Galeria Ímpar sua primeira exposição individual.

 

Foi co-criadora do espetáculo ...and call me Antonia que teve estréia em Liubliana, Eslovênia, 2010, junto das coreógrafas Nina Fajdiga e Jasmina Krijaz (Eslovênia) e Leila Mcmillan (EUA/UK).

 

Em São Paulo, Clarice é artista e colaboradora da residência artística LOTE# coordenada por Cristian Duarte e que está agora na sua segunda edição.

 

Em 2011 criou Clarice Lima + gente fina, elegante e sincera que conta com elenco rotativo compostos por artistas profissionais.