Oficina Cadastrada

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O grupo de pesquisa Temas de Dança se dedica, desde 2011, a criar modos de pesquisar e produzir material de pesquisa em dança. O grupo se reuniu impulsionado pela necessidade de conceber um modo de acesso e de produção de arquivos culturais da dança no Brasil, aliando teoria e prática, afeto e intelecto. O material do grupo pode ser acessado em www.temasdedanca.com.br


Assuntos abordados:

Apresentação da pesquisa e do curso: breve histórico e perspectiva.

Conversa sobre o desafio da história da dança, problematização da noção de história e  desafio de construir historia(s) da(s) dança(s) a partir da sua própria prática. Discussão de alguns critérios possíveis tomando como exemplo teóricos e artistas da dança.

A dança dos anos 60: Dança pós-moderna americana – Anna Halprin, Yvonne Rainer, Trisha Brown. Exibição de vídeos com obras e/ou artistas ícones na história da dança ocidental entremeada com discussões. A dança nos anos 60 no Brasil: a família Vianna (Angel, Klauss e Rainer), Graciela Figueroa e o grupo coringa.

Improvisação e coreografia. John Cage e Merce Cunningham; Steve Paxton e o contato-improvisação como invenção de linguagem e democratização da dança. Recentes obras de performance que lidam com participação. O acaso, a indeterminação e aleatoriedade na criação e performance. Dança e tecnologia desde Cunningham. Videodança e experimentações em telemática.

Pina Bausch e a dança-teatro. Criação em dança, repetição, transformação, processos criativos. A materialidade na dança e o lugar da cena contemporânea.

A Dança dos anos 90: pesquisas de linguagens nos coreógrafos cariocas. La Ribot, Vera Mantero, Jerome Bel.  A precarização do trabalho do artista da dança e novas estéticas. O conceito de paragem e de exaustão do movimento a partir de André Lepecki.

Metodologia:

O intuito das conversas é promover um espaço onde reflexão e ação em dança se encontrem a partir de algumas perguntas iniciais: O que é corpo? O que a dança faz/move? Como podemos articular dança/pensamento? 


A conversa funciona como dispositivo em que a relação entre dança e pensamento acontece de forma horizontal e onde ela é o meio de troca entre os participantes. Pode-se entender conversa como um movimento no qual já não é importante saber de onde partiu o impulso, sua origem, mas sim investigar como nos inserimos e como nos deixamos levar. O pensamento põe a dança em movimento e a dança promove metamorfoses nos modos de pensar. Nesse sentido, a partir de questões levantadas há muito tempo pela história da dança e de novas questões trazidas pelos participantes da oficina a respeito de suas práticas poderemos criar novos caminhos narrativos para entender e escrever histórias da dança.

 

“Ora, hoje se vê que o movimento se define cada vez menos a partir de um ponto de alavanca. Todos os novos esportes - surfe, windsurfe, asa delta - são do tipo: inserção numa onda preexistente. Já não é origem enquanto ponto de partida, mas uma maneira de colocação em órbita. O fundamental é como se fazer aceitar pelo movimento de uma grande vaga, de uma coluna de ar ascendente, “chegar entre” em vez de ser origem de um esforço.”

DELLEUZE, Gilles.

Preparação para os participantes: visita prévia no site Temas de Dança lendo os textos, audios e videos.

Perfil: Artistas, estudantes de arte e áreas afins, curiosos em dança e arte. Público adulto.


Necessidades Técnicas: uma sala, cadeiras ou pufes, videoprojetor, acesso à internet (desejável), papéis em branco, canetas.



Flavia Meireles

Site: www.temasdedanca.com.br

www.trabalho.flaviameireles.com.br

Currículo

 

O trabalho de Flavia Meireles tem sido marcado pela abordagem do corpo como ponto de partida e gerador de relação, em trabalhos que transitam entre a dança contemporânea, as artes visuais e o cinema. É mestre em Artes Visuais (EBA/UFRJ) com pesquisa sobre o jogo e a remontagem de experiências. Ela vem trabalhando em ambientes interdisciplinares ou ainda propondo ambientes de “dança expandida” - onde o corpo serve como caixa de ressonância entre linguagens. Leciona História da Dança desde 2005 e em 2011, por meio do Fundo de Apoio à Dança da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Flavia Meireles coordena, junto com Mariana Patrício, a pesquisa Temas de Dança, onde ministraram oficinas e em 2013 lançaram o site www.temasdedanca.com.br. Em 2014 realizarão, através do Fomento à Cultura Carioca, uma série de oficinas itinerantes e um documentário a ser disponibilizado no referido site. 

Desde 2012 colabora no projeto da coreógrafa francesa Claire Buisson “Corpo arquivo” e esteve em 2013 em uma residência de criação no Vivat Armenières (Armentiéres, FR), também ministrando oficina de criação com os alunos do curso de Dança na Universidade Lille 3 (Lille, FR). A colaboração entre as duas artistas visa formar uma plataforma de intercâmbio através de seus projetos artísticos. Em 2012 Claire esteve no Rio de Janeiro em residência no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro e em 2013 a ação foi realizada em Armentières e Lille, na França. Em 2012 Flavia Meireles, a convite dos cursos de Dança, Cinema e Audiovisual do Projeto de Extensão Memória Viva, ministrou palestra intitulada A dança contemporânea a partir dos anos 60  e oficina prático-teórica na Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC). Em 2012, participou do projeto HABITAÇíO ALPENDRE (Prêmio Procultura FUNARTE), no Alpendre Casa de Criação, em Fortaleza, ministrando um curso prático e proferindo palestra. Em 2011 proferiu palestras sobre arte brasileira no Departamento de Artes Performáticas da Cuny Staten Island University, em Nova Iorque, e acompanhou a série de performances da coreógrafa e cineastra norte-americana Yvonne Rainer, com o apoio do Ministério da Cultura através do edital de Difusão e Intercâmbio Cultural (2011).

Alguns de seus trabalhos são: TRABALHO PARA COMER (2012) apresentado no Espaço SESC Rio de Janeiro, no Teatro Escola SESC e no Centro Coreográfico do Rio de Janeiro e Sem nome todos os usos (2010) com apoio do Centre National de la Danse e da Ménagerrie de Verre no programa StudioLabs em Paris (2008). Com este projeto ganhou o Prêmio FUANRTE de Dança Klauss Vianna 2008 para montagem em 2010. Apresentou uma mostra de processo deste solo no Programa Ciclos de una Constelácion, promovido pelo c.a.s.a. coletivo de dança em Buenos Aires, Argentina em setembro de 2009. Sem nome, todos os usos teve temporada itinerante no Teatro Sérgio Porto, na Faculdade e Escola Angel Vianna, no Programa de Pós-Graduação da UNIRIO e na Graduação em Teatro da UNIRIO e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage em abril/maio de 2010 e em outubro de 2010 participou do Encontro Terceira Margem, em Fortaleza/Ceará. Ainda com este projeto ganhou a bolsa no Centre International de Exchanges d'artistes des Récollets para residência de três meses em Paris no segundo semestre de 2010 e apresentou no Festival SHORT FORMATS em Milão em 2011.

Com Marcela Levi, participou como como intérprete-criadora e colaboradora do trabalho Em redor do buraco tudo é beira (2009) e assistente de direção e dramaturgia em In-organic (2007). Recebeu o prêmio ZKB Patronage Prize 2010 do Festival Theatrespektakel Zurich (2010) pela performance no trabalho Em redor do buraco tudo é beira. Em 2008 fez residência no programa Artistas en Residência - La Casa Encendida e Universidad de Alcalá de Henares (Madrid). Integrou como dançarina as companhias de dança no Rio de Janeiro : Atelier de Coreografia, de João Saldanha de 2004 a 2007 e Staccato Dança Contemporânea, de Paulo Caldas, de 1997 a 2001.

Em 2010, participou do projeto Tecido Afetivo – por uma dramaturgia do encontro se propõe a convidar 15 artistas e/ou pesquisadores de diferentes locais do Brasil, da área da dança e da performance, para uma co-habitação coletiva de 5 dias no Ceará, a fim de conversarem e aproximarem inquietações sobre dramaturgia resultando uma publicação e um documentário (www.tecidoafetivo.com)

Com a artista Marcela Levi participou do trabalho "Em redor do buraco tudo é beira" que teve residência e estréia na Bienal Internacional de Dança do Ceará em 2009 (http://www.bienaldedanca.com/2009/ ), apresentações no Festival Internacional de Recife de 2009 e temporada no Espaço Sesc Rio de Janeiro, em 2009. "Em redor do buraco tudo é beira" ganhou bolsa do Programa Nacional de Bolsas Funarte (2008/2009) para desenvolvimento de pesquisa em dança e teve ainda residências de criação em Madrid pelo Programa de Residências Universidade Alcalá-Aula de Danza /La Casa Encendida (2008) e residência no Centro de arte La Laboral - Gijón (Espanha). “Em Redor do Buraco tudo é beira” foi incluído entre os destaques da dança em 2009 pela crítica especializada do jornal O Globo (31/12/2009).

Com Marcela Levi também participou de In-organic, como assistente e colaboradora na dramaturgia, apresentando-se em: Festival Particules - Genebra (Suiça) 2009, Festival La mekanica, Barcelona (Espanha) 2008, Festival In-Presentable 08 – Madrid (Espanha), Centro de Arte La Laboral - Gijón (Espanha) 2008, Festival In Transit 08 – Berlim (Alemanha) 2008, Festival Cocoa 10 anos - Buenos Aires (Argentina) 2008, Sala Zavala Muniz del Teatro Solís - Montevidéu (Uruguai) 2008 e Rumos Dança Itaú Cultural (2007).

Na companhia Atelier de Coreografia,de João Saldanha, participou dos espetáculos ExtraCorpo (2006), Soma (2005) e Afirmações Intencionais: Acidentes (2004) apresentando-se no Espaço Sesc (2005/6), na Bienal de Dança de Lyon (2006) e na caravana funarte de dança - Nordeste (Fortaleza, Natal, João Pessoa, Recife e Maceió/2007). Na companhia Staccato Dança Contemporânea, de Paulo Caldas, onde ficou de 1997 a 2001 participou de Lightmotiv (1997/98) e Quase-cinema (2001).