Oficina Cadastrada

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Interessa à dança afroancestral e indígena desenvolver processos coletivos de vivência e produção em danças tendo os corpos e suas individualidades como matéria-prima de investigação e experimentação. Experiências particulares de formação, estudo, pesquisa e produção desenvolvidas e sistematizadas por grupos, companhias e coletivos de dança em todo o país, vêm garantindo plularidade nos modos de conceber e fazer dança, legitimando as peculiaridades estéticas que caracterizam e dão personalidade a cada coletivo. Diferente de outras épocas, hoje é necessário que se fale no plural usando sempre “s”, por isso: danças, contemporâneas, ancestrais, modos de fazer, modos de criar, proposições, corpos, territórios, etc. Não cabe nessa reflexão receitas fechadas, moldes ou fórmulas que garantam um resultado esperado, pois sempre existirão caminhos a traçar, riscos a correr e conceitos a reformular.

A oficina de criação: “Reinvenções do corpo ancestral na cena contemporânea” conduzida pelo artista e educador Gerson Moreno, se propõe gerar experimentações corporais e performances de dança a partir de ritos cênicos, exercícios e jogos de criação, visando estabelecer diálogos entre tradição e tempo presente, possibilidades de reinvenção e conexão das danças negras e ameríndias com as emergências da contemporaneidade. 


- Sala ampla para as práticas corporais;

- Som mecânico com cabo para celular;

- Xerox de textos para estudo (enviarei por e-mail para ser reproduzido e entregue aos participantes da oficina);

 


Iniciou sua trajetória e militância artística em 1988 como dançarino popular, ator e diretor de teatro do oprimido atuante em movimentos sociais na cidade de Itapipoca CE, cidade conhecida com a terra dos três climas, há 136 km de Fortaleza.

Na década de noventa fundou a Cia Balé Baião, agregando e mobilizando dançarinas/os da periferia da cidade, o MARCA (Movimento de Artistas da Caminhada) e mais tarde em 2003 a Associação de Artes Cênicas de Itapipoca (AARTI) congregando artistas de teatro, dança e arte-educação. No inicio dos anos 2000 cursou o Colégio de Dança do Ceará em Fortaleza através do Instituto Dragão do Mar de Arte e Cultura e formou-se em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará (FACEDI/UECE). De 2005 a 2013 desenvolveu ações de formação em dança afro-brasileira nas Comunidades quilombolas de Nazaré (Serra de Itapipoca) e Águas Pretas (Tururu) em parceria com suas associações. Em 2013 foi contemplado com o Prêmio Nacional “Funarte Arte Negra” que possibilitou a circulação do espetáculo de dança “Negrume” em cinco estados nordestinos, especificamente em comunidades quilombolas. Realizou diversos cursos de formação em dança, dirigiu e montou espetáculos no interior e capital cearense agregando artistas, lideranças comunitárias, educadores e acadêmicos, em parcerias com entidades, festivais, institutos, ONGs, escolas públicas e universidades, tais como o CETRA (Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador), Universidade Federal do Ceará (UFC), Bienal Internacional de Dança do Ceará, Porto Iracema de Arte e Cultura, Theatro José de Alencar, Instituto Ozíres Pontes, Instituto Ecoa de Sobral CE, dentre outros. Atualmente Gerson Moreno atua como professor de danças contemporâneas tendo como bases técnico-conceituais as matrizes afro-brasileiras e indígenas, conduz processos de orientação dramatúrgica e criação coreográfica integrando dançarinos, atores, com ou sem experiência e contribui com a formação pedagógica de arte-educadores e professores de arte.

É coordenador pedagógico do Ponto de Cultura Galpão da Cena de Itapipoca, curador do Festival Nacional de Dança do Litoral Oeste, diretor/coreógrafo da Cia Balé Baião, especialista em educação biocêntrica e mestre em Educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Link para o currículo Lattes:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8060290P8