Oficina Cadastrada

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Partindo da formação informal em Jazz Dance, passando às Danças Urbanas, e chegando à formação instituicional em Dança Contemporânea e Moderna, me percebo transitando entre tantos meios que seria injusto prender o fazer artístico em dança, a uma nomenclatura única, temporal e singularizada. para inserir o corpo como prática de pesquisa na sociedade, devemos pluralizar conceitos e amplificar a significância da nomenclatura, portante diremos Danças Contemporâneas Urbanas.
No decorrer de duas décadas dançando, noto a dificuldade em nomear uma dança que alterne sua visualidade entre os saberes das danças midiáticas e a dita Dança Contemporânea. É comum que as Danças Urbanas não sejam compreendidas como parte da Dança Contemporânea pois têm códigos corporais específicos, passados oralmente em festas, batalhas de dança e worshops. Nomeados e propagados por quem se diz pessoa “criadora” ou por quem se aprimora em cursos dos ditos expoentes deste cenário, compreendem diversos estilos de dança: hip hop dance, popping, dancehall, funk brasileiro, passinho carioca, jazz funk, etc. Práticas que dialogam bastante com o cenário musical mainstream e da indústria do entretenimento.
Entendo que o que danço, leciono e pesquiso não seja somente Dança Contemporânea ou Danças Urbanas. O curso visa desmistificar processos, servir de auxilio para curioses, docentes, estudantes e pessoas pesquisadoras que buscam confluir em seus projetos as Danças Urbanas, a Dança Contemporânea e o bem-estar.
Desenvolvimento da aula:
O uso da coreografia para o entendimento “passo-a-passo” dos pontos de inserção musculares, articulares, memória tátil (com o chão e com e coletive) são pesquisas comuns na Dança Contemporânea. Tais “clichês” são importantes para que se perceba potencialidades e limitações na transições de movimentos, principalmente quando falamos no retorno às descobertas do mundo como quando éramos crianças. A perda do medo de ficar de joelhos, de pôr as mãos no chão, de se jogar em direção a outro obstáculo pertencente a alguma brincadeira. Como adultes, tememos as (re)descobertas do movimento.

Utilizarei conceitos coreográficos do Jazz Funk e de composição cênica da Dança Contemporânea. O Jazz Funk se desenvolve pela linearidade e a sensualidade. A movimentação wave, comum a esta dança, potencializa a construção corporal desta técnica. A barra-fixa também é uma premissa importante para o Jazz Funk, visto que este conteúdo de Dança fez suas releituras históricas e de ensino de técnica, a partir do Jazz Dance, gestual, bounce e feeling das Danças Urbanas. Procurar um apoio fixo, dentro do espaço da casa, como um cadeira ou mesa, para experimentar deslocamento pela sala, transferências de peso, equilíbrio, improvisação e torções do corpo para além de, também, cutucar o desembaraço de mover o corpo e estimular a audácia em cada estudante. Ressignificando, asim, o bem-estar e a construção pessoal em dança que relembre um estado-sensação saudável, afetivo e possível.




Paulistana com 22 anos de estudos em Dança e, há 16 anos lecionando e como coreógrafa.
Graduanda em Dança pela UFG e pesquisadora pela UFG, via PROLICEN, membra via CNPQ dos Grupo de Pesquisa em Memória, História e Dança (Dança e os meios de comunicação em massa) com orientação de Prof. Dr. Rafael Guarato dos Santos e do Laboratório Interdisciplinar em Artes da Cena LAPIAC/UFG. Formada no Curso Técnico Profissional em Dança Contemporânea pelo ITEGO em Artes Basileu França. 
Atualmente é intérprete-criadora e diretora cênica no grupo Três em Cena (GO), professora do curso Danças Contemporâneas Urbanas na Universidade Federal de Goiás,  fundadora, diretora e performer do grupo interartístico Esse Tal, desde 2014 e professora e proprietária da Casa de Artes, em Goiânia/GO desde 2018.
Participante de diversas residências artísticas com grandes nomes internacionais e nacionais como Andrea Raw/RJ, Tadashi Endo (Alemanha/Japão), Duda Paiva (BR/Holanda), André Rockmaster/SP, Michel Tinho (BR/Rússia),  Frank Ejara/SP, Carlos Nunes/RS, Gui de Sousa/PR, Yamakasi BlackVelvet/SP, Flávio Sampaio/CE, Roberto Oliveira/RJ, Adriana Bonfatti/RJ e outros diversos. Em Goiânia estudou com diversos grupos de danças urbanas de 2013 a 2019.
Premiada em 3ºlugar Solo em Danças Urbanas no XXII Dançando mostra de Dança da cidade de Novo Hamburgo e 2ºlugar Solo em Dança Livre no Taguatinga em Dança, em 2016. 
Dançou Danças Urbanas com o coreógrafo Ben-hur Melhor, de 2013 a 2015 e no grupo Composição Urbana, com os coreógrafos Mare Rela e Thiago Spósito no ano de 2018.
É 007 na cultura Ballroom em Goiânia, foi filha da House of Witch e uma das organizadoras da Vogue Ball no Festival Bananada em 2019.
Recentemente apresentou-se com o Grupo Três em Cena, em São Paulo/SP no Teatro da Galeria Olido, na Virada Cultural 2019. Pesquisadora em metodologias de danças e preparação corporal e cênica. Com o Grupo de Teatro Guará da PUC/Goiás, foi preparadora corporal no SESI Dramaturgia.  Em 2018, apresentou a pesquisa “O preparo cênico para o ator pelo viés da dança contemporânea no Grupo de Teatro Guará” no IV Congresso de Ciência e Tecnologia da PUC Goiás. Em 2019 foi selecionada para apresentar a pesquisa “Dança reciclada: possibilidades para o ensino de dança” no Encontro Científico Nacional de Pesquisadores em Dança, na UFBA, em Salvador/BA. 
Atuou como preparadora corporal do Grupo de teatro Guará-PUC/GO e dos projetos da Oficina de Teatro da CAC PUC Goiás, além de assinar a preparação corporal e cênica do Grupo Solos (GO).