‘A força que vem da raiz’ terá única apresentação no Teatro Plínio Marcos, em Brasília

Cantora Kalinka Barroso - Foto: João Dantas

Na próxima quinta-feira, dia 14 de dezembro, às 20h, a cantora e musicista Kalinka Barroso sobe ao palco do Teatro Plínio Marcos, em Brasília, para apresentar o show A força que vem da raiz homenagem a Roque Ferreira. Kalinka pretende mostrar ao público a riqueza musical e cultural de Roque Ferreira – cantor, escritor, compositor e pesquisador do folclore musical brasileiro. O artista tem em seu currículo mais de 1000 composições, com cerca de 500 obras gravadas. No show, a cantora interpreta músicas que trazem a força da fé, do canto, da matriz africana e do samba de raiz, bem como a leveza e a alegria que transcendem qualquer denominação religiosa. O público será presenteado com uma Roda de Jongo, às 19h (uma hora antes do início do show). Ingressos a preços populares de R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada).

Kalinka Barroso conheceu Roque Ferreira há dois anos (2015), na casa do compositor, em Nazaré, Salvador (BA). Antes disso, a musicista já admirava suas letras que contam muito da origem da humanidade e da herança africana, sem especificar religião ou crença, já que o artista se afirma agnóstico (ateu). Segundo a intérprete, as palavras simplicidade, cordialidade, inteligência e leveza que exalam dos gestos e das obras de Roque vão ser expressas no show, respeitando os valores e os conceitos do artista. Em uma conversa com a diretora Ester Braga, da equipe da cantora, Roque Ferreira é questionado: como ele pode ser ateu e escrever letras tão profundas e verdadeiras sobre o candomblé, linguagem iorubá e nagô e não crer nelas. “Sou comandado pelos imperativos da beleza, em todas as suas manifestações. Creio na beleza e o candomblé, pra mim, é a maior expressão pura dessa beleza que vem da crençanos orixás. Para mim, é lindo ver toda essa força cultuada tendo a natureza como elemento”, explicou Roque.

Compositor Roque-Ferreira - Foto: Mara Mércia

Sobre Kalinka Barroso

Nasceu em Brasília (DF). Cantora e percussionista, dos sete aos 14 anos, estudou na Escola de Música de Brasília. Mudou-se para Belo Horizonte (MG) e estudou canto, flauta transversal e piano no Instituto de Música. Cantou em rodas de samba, homenageando o Clube da Esquina. Voltou para Brasília em 1995, e começou a fazer voz e violão nos bares da cidade. Em 2007, tornou-se aluna do Clube do Choro e incentivada pela instituição, criou a Confraria Samba Choro, onde canta e faz percussão. Suas influências musicais foram: Altemar Dutra, Elizete Cardoso, Nelson Rodrigues, Dalva de Oliveira, dentre outros. Kalinka também é fã de Zeca Pagodinho, Maria Bethânia e Mariene de Castro. Por meio da música Abre caminho (Mariene de Castro e Roque Ferreira), do CD Santo de Casa, de Mariene, a artista começou a pesquisar e se apaixonar pelas obras de Roque.

Sobre Roque Ferreira
Roque Augusto Ferreira nasceu em Nazaré das Farinhas (BA). Mudou-se para a cidade de Salvador aos dois anos de idade. Aos 14 anos, compôs seu primeiro fado que foi gravado por Jota Velloso alguns anos depois. Roque é considerado um dos mais importantes compositores do samba baiano com mais de 1000 (mil) obras, das quais mais de 500 (quinhentas) foram gravadas. Fez Publicidade, mas abandonou a profissão de 20 anos, para se dedicar exclusivamente à música. Autor dos livros Sarangravaia, Ossos de borboleta e Puçangas (que será lançado em breve). Clara Nunes o lançou para o grande público ao gravar Apenas um adeus (com Edil Pacheco e Paulinho Diniz) no LP Esperança (1979) e Coração Valente (com Edil Pacheco) em 1981. Ederaldo Gentil incluiu Provinciano, do disco Identidade, parceria de ambos (1983). Beth Carvalho gravou Doce de Cajá no LP Coração Feliz (1984). João Nogueira interpretou Triste Regresso (1986). A composição Samba pras Moças, que Roque Ferreira fez com sua filha Grazielle, deu título ao CD do cantor Zeca Pagodinho (1995). Maria Bethânia interpretou Bolero (com Batatinha), no disco Diplomacia, de Batatinha (1998). Zeca Pagodinho regravou Samba pras Moças, no CD Ao Vivo e Martinho da Vila interpretou Pro amor render (com Dudu Nobre), ambas em 1999. Zeca Pagodinho gravou Água da minha sede (com Dudu Nobre) em 2000. Participou do CD Humanenochum, do baiano Riachão (2000). Dudu Nobre interpretou Juremeiro e Encantado, parceria de ambos, no CD Moleque Dudu (2001). Telma Tavares gravou Quebradeira de coco, e Iabassê e A sangue frio (parceria de ambos), em 2002. Alcione também gravou A sangue frio no seu CD Faz uma loucura por mim. Em 2004, participou do disco Vozes da Purificação, de Dona Edith do Prato. Lançou o CD Tem samba no mar, primeiro álbum solo, interpretando Menino de samburá, A mão da dor, Dona Fia, Quebradeira de coco, Luz de candieiro e Oxossi (suas autorias) e Samba pras Moças (com Grazielle Ferreira), também em 2004. Nesse mesmo álbum, parcerias com Paulo César Pinheiro: Samba de dois-dois, Ogum de Ronda, O cavalo de São Jorge, dentre outras. O grupo Toque de Prima gravou Eu conheço aquela moça (com Martinho da Vila) e Demorou (com Elton Medeiros), em 2004. Elton Medeiros incluiu Demorou, no disco Bem que Mereci (2005). Pedro Luis e A Parede incluiu Mandingo (parceria com Pedro), no disco Ponto Enredo (2009). Pedro Miranda gravou Pimenteira, que deu nome ao álbum (2009). Alcione gravou Acesa que deu título ao disco (2010). Clécia Queiroz lançou o CD Samba de Roque – em homenagem ao compositor, onde interpretou De maré (com Toninho Gerais), Bambá de dendê, Omim-ô, dentre outras (2010). Roberta Sá lançou o CD Quanto o canto é reza e gravou Marejada (com Dudu Nobre), Água Doce, Tô Fora, dentre outras (2010). Roque Ferreira se apresentou ao lado da cantora Fabiana Cozza, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, durante a 26ª Edição do Prêmio da Música Brasileira homenageando Maria Bethânia, a cantora que mais gravou músicas de sua autoria. Além de todos os intérpretes já citados, Beth Carvalho, Roberto Ribeiro, Teresa Cristina, Mart’nália, Amélia Rabello, Fundo de Quintal, Jorginho do Império, Jair Rodrigues, Luiz Airão, Almir Guineto, Agepê, J. Velloso e Telma Tavares estão entre seus parceiros. Mariene de Castro foi lançada pelo compositor e seu primeiro CD Abre caminho conta com oito músicas inéditas de Roque Ferreira.

Serviço:

Show A força que vem da raiz homenagem a Roque Ferreira, com Kalinka Barroso

Dia 14 de dezembro, quinta-feira, às 20h

Duração: 2h
Classificação indicativa: 14 anos

Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia-entrada)

Evento extra: abertura com Roda de Jongo, às 19h

Ficha Técnica

Direção: Amilcar Paré
Elenco: Kalinka Barroso, Roque Ferreira, Amilcar Paré, Juninho Alvarenga, Anne Vasconcelos, Nelsinho Serra, Ramon Alvarenga, Fernanda Lopes, Sandra Araujo e Julio Cesar.
Produção: Ana Paula Rodrigues Martins

Local: Teatro Plínio Marcos
Complexo Cultural Funarte Brasília
Eixo Monumental – Setor de Divulgação Cultural (SDC), lote 2 (entre a Torre de TV e o Centro de Convenções)
Brasília (DF)
Tel.: (61) 3322-2029