A Fundação Nacional de Artes (Funarte) lamenta a perda de Cyro del Nero, cenógrafo de alguns dos espetáculos mais importantes da dramaturgia brasileira. Paulistano do bairro do Brás, ele morreu no último sábado (31), aos 78 anos. É um dos principais artistas do mítico TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), onde fez sua estreia profissional com “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes, na encenação de Flávio Rangel, em 1960.
Famoso por criações de grandes dimensões, Cyro já recebeu inúmeros prêmios, como o da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), por “Quarto de Despejo”, de Amir Haddad. Professor de cenografia e indumentária teatral da Universidade de São Paulo, del Nero foi também diretor de arte da TV Globo, onde criou a abertura de diversas novelas. Trabalhou também nas TVs Record, Tupi e Excelsior. No ano passado, Cyro del Nero lançou o livro “Máquina para os deuses: anotações de um cenógrafo e o discurso da cenografia”.
As artes cênicas perdem um grande criador e um de seus maiores representantes brasileiros.