Funarte homenageia a atriz Eva Wilma, uma das grandes damas do teatro brasileiro, com 87 anos

Atriz Eva Wilma - Foto: reprodução Facebook

A atriz paulista Eva Wilma tem sólida carreira dedicada ao teatro, ao cinema e à televisão. Recentemente, ficou internada por 21 dias, com uma pneumonia, e recebeu alta no final de janeiro. Os familiares, amigos e admiradores festejaram muito a sua recuperação, assim como a Fundação Nacional de Artes – Funarte, que aqui presta homenagem à artista de 87 anos.

Eva Wilma Riefle Buckup nasceu em 14 de dezembro de 1933, em São Paulo. Começou a carreira como bailarina e fez parte do Balé do IV Centenário. Estudou canto e piano na juventude e chegou a integrar o corpo de baile de São Paulo. Em 1953, estreou no Teatro de Arena, em Esta Noite é Nossa, de Stafford Dickens. Montagens como O Demorado Adeus, de Tennessee Williams, 1953; Judas em Sábado de Aleluia, de Martins Pena, 1954; Uma Mulher e Três Palhaços, de Marcel Achard, 1954; A Rosa dos Ventos, de Claude Spaak, 1955; e Escrever Sobre Mulheres, de José Renato, também em 1955, foram as primeiras produções da companhia.

Por suas reconhecidas atuações no teatro, Eva Wilma foi convidada a protagonizar o seriado Alô Doçura, na TV Tupi, programa no qual trabalhou por dez anos. Depois, esteve no elenco de uma das versões de Meu  de Laranja Lima. Um dos seus mais importantes papéis em novelas foi o das gêmeas Ruth e Raquel em Mulheres de Areia (1973). Estreou na Rede Globo em 1980, com Plumas e Paetês.

Na sequência, atuou em diversas novelas como: Sassaricando (1987), Pedra Sobre Pedra (1982), O Rei do Gado (1996), A Indomada (1997), com a inesquecível personagem Altiva, além da série Mulher (1998), na qual viveu a médica Martha. Nos anos 2000, trabalhou em O Quinto dos Infernos e Começar de Novo, além de Verdades Secretas. Em 2011, viveu Íris, em Fina Estampa, de Aguinaldo Silva, mesmo autor de A Indomada. Em 2018, a atriz interpretou a Dra. Petra, na  novela O Tempo Não Para, de Mario Teixeira.

A produtiva carreira de Eva Wilma, tanto no teatro quanto na televisão, se alia ao sucesso da atriz também nas telonas. Entre os filmes muito aplaudidos nos quais atuou estão: Com a Pulga na Balança, direção de Luciano Salce, 1953; Cidade Ameaçada, de Roberto Faria, 1960; A Ilha, de Walter Hugo Khouri, 1963; São Paulo S/A, de Luiz Sérgio Person, 1965; Asa Branca, de Djalma Limongi Batista, 1979; Feliz Ano Velho, de Roberto Gerwitz, 1986.

Entre os anos de 1994 e 1995, Eva Wilma ganhou os prêmios Molière, Sharp e Shell por suas atuações no teatro. Em janeiro de 2020, foi a artista homenageada do Prêmio Cesgranrio de Teatro, evento realizado no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro (RJ).

Com informações da Coordenação de Teatro e Ópera – Centro de Artes Cênicas – Funarte