A Fundação Nacional de Artes – Funarte presta homenagem à atriz Wilma Henriques, que completa 90 anos de idade no dia 15 de fevereiro. Com mais de 50 anos de carreira e vasta experiência na TV, no teatro e no cinema, a artista é considerada “a diva do teatro mineiro”. Sua história traça um paralelo com a trajetória das artes cênicas em Minas Gerais.
Wilma Henriques nasceu em 1931, em Conselheiro Lafaiete (MG). Aos 14 anos ficou órfã de pai e decidiu continuar morando e desenvolvendo carreira em sua cidade natal. O objetivo era ficar perto da mãe e, ao mesmo tempo, manter o vínculo com seus conterrâneos.
Iniciou sua vida profissional como produtora e apresentadora do programa Espelho, na extinta TV Itacolomi, em 1959. A atração era voltada ao público feminino e fazia bastante sucesso na época. A atriz deixou a emissora, em 1962, e seguiu para a TV Belo Horizonte, hoje Globo Minas, e para a TV Alterosa, onde trabalhou como apresentadora do programa O Assunto é Mulher.
A primeira experiência de Wilma Henriques no teatro foi numa montagem de Pigmalião, peça escrita por George Bernard, para a qual foi convidada a substituir a atriz Elvira Bracher – mais conhecida como Lea Delba. Logo depois, Wilma Henriques atuou em O Macaco da Vizinha, de Joaquim Manoel de Macedo, com direção de Carlos Laerte.
Entre suas atuações de maior destaque, estão os espetáculos Há vagas para moças de fino trato, de Alcione Araújo; Fala baixo senão eu grito, de Leilah Assumpção; A prostituta respeitosa, de Jean Paul Sartre; Rasga coração, de Oduvaldo Vianna Filho; e Navalha na carne, de Plínio Marcos, entre outros. Em 2011, participou da 37ª Campanha de Popularização Teatro e Dança, do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais, com a montagem Sonhos, dirigida por Marcos Vogel.
No cinema, a atriz atuou nos filmes O Vestido; Trem Fantasma; O Menino e o Vento; Vinho de Rosas; Aleijadinho – Paixão, glória e suplício; Ela e os Homens; Quem não escuta não vê a chuva; e A mulher que sabia demais, entre outros.
Em janeiro de 2020, foi inaugurado o o Teatro de Bolso Wilma Henriques, no município de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG). A sala é uma homenagem àquela que se consagrou uma das mais conceituadas atrizes mineiras, por ocasião dos seus 89 anos.
A artista foi premiada como garota propaganda, apresentadora de televisão e melhor atriz de Minas Gerais, nos anos de 1961, 1962, 1964, 1969, 1973, 1975, 1976 e 1994. Ganhou a Comenda do Mérito Artístico da Fundação Clóvis Salgado (vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais) e a Medalha Santos Dumont de Honra ao Mérito, além da Medalha da Inconfidência, que recebeu no dia 21 de abril de 2009, e do Colar do Mérito Artístico da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no mesmo ano.
A Fundação Nacional de Artes – Funarte parabeniza a atriz Wilma Henriques pelos seus 90 anos!
Com informações da Funarte MG