A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do diretor de dança e “multiartista” André Madureira. Ele faleceu aos 72 anos, no último sábado, dia 15 de maio, no Recife (PE), de insuficiência respiratória. Madureira foi responsável pela criação, em 1977, do Balé Popular do Recife, que recebeu o título de Patrimônio Cultural Imaterial da cidade, em 2018. Também criou um método de dança denominado “Brasílica”.
Natural de Garanhuns, município do agreste de Pernambuco, o artista se mudou para a capital ainda jovem. No final da década de 1960, ele já era criador, diretor, produtor e apresentador de programas de rádio e TV.
Com o Balé Popular do Recife, André se destacou em importantes festivais. Levou a expressão da dança local e a cultura pernambucana para países como Israel, Espanha, Portugal, França, Holanda, Costa do Marfim, Cuba, Canadá, Estados Unidos, Peru, Argentina, China e Venezuela. A companhia foi fundada quando o artista, então diretor do grupo teatral Gente da Gente, se juntou ao então secretário municipal de Educação e Cultura do Recife, Ariano Suassuna, para criar um trabalho experimental com danças e folguedos populares. Madureira foi o responsável pela formação de cinco mil bailarinos.
De acordo com a sobrinha e produtora cultural, de André, Luciana Madureira, o artista, que lutava contra o Mal de Parkinson há cerca de 20 anos, estava internado há duas semanas com um quadro de infecção pulmonar, e exames para detectar a covid-19 teriam dado negativo.
André Madureira deixa esposa, cinco filhos e 12 netos.
Com informações dos portais de notícias G1, JC , Folha de Pernambuco e do site da Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco