“Descontrole remoto”: circuito de performance aproxima as regiões Nordeste e Sul

"Descontrole Remoto" - projeto contemplado na Rede Nacional Artes Visuais 8ª Edição

A plataforma de arte “Descontrole remoto” reúne uma série de atividades artísticas e de troca de informações, entre artistas da performance de Curitiba (PR) e Natal (RN). O circuito itinerante de performance, intercâmbio e registro documental de atividades culturais foi contemplado no edital Rede Nacional Funarte Artes Visuais 8ª edição.

“Descontrole remoto” tem como estratégia levar os artistas para ações itinerantes, em regiões geograficamente opostas às de suas origens. A ideia central é criar uma ação de performance, que possa mesclar intervenções de vários criadores e que seja móvel, em constante deslocamento, por ambientes públicos, e em contato direto com as comunidades locais.

O conjunto das ações vai gerar um documentário em video sobre a arte da performance e seus meios; a visão que se tem deste segmento nas cidades que recebem os trabalhos; os debates sobre os desenvolvimentos da arte contemporânea local/regional, além de registrar apresentações. O vídeo será elaborado como num jogo, em que os artistas e colaboradores propõem uns aos outros um itinerário de deslocamento geográfico, semelhante a um RPG (Role Playing Game), jogo de interpretação de personagens, nos quais as narrativas são criadas colaborativamente.

Na primeira etapa, dois artistas de Curitiba vão até Natal. Com câmeras e acompanhados pelos articuladores locais (Coletivo ES3), eles iniciam uma busca por dois outros artistas. Com a ajuda do grupo local, os visitantes seguem pela região com suas câmeras ligadas, entrevistam pessoas e registram acontecimentos. Sua meta é descobrir o circuito da arte local e que performances acontecem ali. Os envolvidos poderão se apresentar a qualquer momento, nesses trajetos, espontaneamente, estabelecendo sua relação com o local e a comunidade. Depois, os artistas “encontrados” em Natal vão realizar a mesma ação em Curitiba, também acompanhados pelos articuladores locais (Fernando Ribeiro, Luana Navarro, Angelo Luz, Arthur do Carmo). Ao final, outros dois artistas vão continuar a plataforma itinerante, em uma terceira cidade – o que vai provocar uma próxima edição da plataforma. “O documentário está limite entre o real e o ficcional”, comentam os grupos Giro Pela Arte e Coletivo ES3, realizadores da iniciativa.

Os vídeos vão apresentar um recorte do panorama da performance, nas duas cidades. O objetivo do “Descontrole Remoto” é mostrar as obras ao público e documentar seus efeitos. O projeto prevê, ainda, promover debates sobre os seguintes temas: as obras artísticas e os contextos locais em que se inserem; a relação entre estes ambientes e seus públicos; o circuito de arte emergente, as políticas públicas aplicadas a ele e suas perspectivas futuras. Os diálogos são chamados de “Conversas itinerantes” e também vão ser registrados em vídeo, fotografia, ou outros meios.

Os realizadores pretendem subverter o processo tradicional de curadoria, geralmente pré-definido: no projeto, o curador é o processo artístico em si. Os artistas envolvidos são: André Bezerra, Angelo Luz, Chrystine Silva, Felipe Cabral, Fernando Ribeiro, Janaína Spode, Luana Navarro, Paulo Reis e Yuri Kotke.

Descontrole Remoto
Performance, itinerância e lugar

Projeto contemplado na rede Nacional Funarte Artes Visuais 8ª Edição

Realização: Giro Pela Arte e Coletivo ES3

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