A próxima oficina do projeto “Musicafinidades”, que ocupa a Sala Funarte Sidney Miller, no Rio de Janeiro, é do violonista e guitarrista flamenco Fábio Nin, no dia 12 de julho, quinta-feira, às 15h30.
Bacharel em violão clássico pela Unirio e ex-aluno de Raphael Rabello e Turíbio Santos, Fábio integra, juntamente com o bandolinista Paulo Sá, o Duo Alcantilado. O violonista integra, ainda, o quinteto Tira Poeira. Além de músico, Nin tem atuado como diretor musical em diversos espetáculos, entre eles É Samba na Veia, É Candeia, que lhe rendeu o Prêmio Shell 2009. Foi membro da Escola de Cordas Brasileiras (ECB), apresentando-se ao lado de nomes como Wagner Tiso, Paulo Moura, Carlos Malta e Rildo Hora.
Na Oficina “Na Levada do choro”, o violonista propõe uma discussão sobre a construção e a consciência da brasilidade sob o ponto de vista da música popular e erudita na época da Semana de 22. Sem se prender, necessariamente, às propostas dos modernistas, a discussão vai abordar a trajetória da música do período e seus desdobramentos, assim como as interseções com aquele movimento. Tendo com eixo a proposição de que o choro realiza a fusão e reprocessamento de elementos da cultura popular com a cultura erudita – um dos pilares do movimento modernista – serão abordadas também, com o intuito de enriquecer o debate, algumas questões sobre o modernismo “fora do paradigma paulista”. A duração é de duas horas.
O Duo Alcantilado se apresentou, no dia 6 de julho, na Sala Funarte Sidney Miller (Rio). A dupla é responsável por trazer para o choro brasileiro arranjos sofisticados. Eles interpretam diversas peças da música brasileira, além de obras de compositores de outros da América do Sul. A apresentação faz parte do projeto Musicafinidades – Ecos de 22, contemplado pela Funarte no edital de ocupação da Sala. O bandolinista, Paulo Sá é doutor em Música pela Unirio, professor de bandolim e de História da Música Popular Brasileira no CBM – Centro Universitário e leciona na Escola de Música Villa-Lobos. Entre seus muitos trabalhos, foi solista (Primeiro Bandolim) no Balé Romeo e Julieta, de Prokofiev, regido por Rostropovich no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. No repertório do show do Duo Alcantilado, destacaram-se as peças: Choro Número 1 (Villa-Lobos), Bordel 1900, Café 1930 e Night Club 1960 (Astor Piazzola), Suíte Retratos – 1º mov. (Radamés Gnattali), Num Vorto a Pé (Francisco Mignone), Cochichando (Pixinguinha), Samambaia (César Camargo Mariano), Gina da Maré e Cabuloso (Jacob do Bandolim) e Inquietação (Ary Barroso).
O projeto Musicafinidades – Ecos de 22 tem como foco estabelecer relações entre o o Modernismo artístico de 1922 e as diversas expressões música brasileira.
O projeto teve como recente atração a pianista Clara Sverner. Intérprete de talento reconhecido por público e crítica do Brasil e do exterior, Clara apresentou peças de Villa-Lobos, Satie, Debussy e Velásquez. Através desses compositores, a artista traçou um painel o que estava acontecendo na Semana de Arte Moderna de 1922, quando Villa-Lobos era tocado quase que diariamente. A pianista apresentou, ainda, a peça Brutto Sogno, de Glauco Velásquez, questionando o mistério: por que o mais moderno e arrojado compositor, que morreu no Brasil, em 1914, foi omitido na Semana de Arte Moderna? A artista iniciou sua formação em São Paulo com o professor José Kliass, aperfeiçoando-se nos centros musicais mais avançados, como o Conservatório de Genebra e o Mannes College of Music, de Nova York. Premiada no Concurso Internacional Wilhelm Backhaus, ainda adolescente iniciou a carreira que a tornou uma das mais prestigiadas pianistas brasileiras.
Musicafinidades – Ecos de 22
Projeto contemplado no Edital de Ocupação da Sala Funarte Sidney Miller / 2012
Horários e ingressos dos Shows
18h30 – R$ 10 e R$ 5 (meia)
12h30 – entrada franca
Vendas antecipadas na bilheteria de 2ª a 6ª feira, de 15h às 18h30
Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa 16, térreo, Centro
Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações: http://www.musicafinidades.com.br/