Com a presença da Secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Márcia Rollemberg e do Chefe da Representação Regional do MinC do Rio de Janeiro/Espírito Santo, Marcelo Velloso, teve início na manhã desta segunda-feira (12) o II Encontro Funarte de Políticas para as Artes, no Salão Portinari do Palácio Gustavo Capanema, Centro do Rio. Representando o presidente da Fundação Nacional de Artes, Antonio Grassi, que se encontra em Portugal para as comemorações do Ano do Brasil em Portugal, a diretora do Centro de Programas Integrados da Funarte (Cepin), Ana Claudia Souza, abriu a programação, que nesta segunda edição teve como tema Interações Estéticas em Rede.
Ao iniciar o evento, Ana Claudia Souza, diretora do Cepin agradeceu ao público pela presença e o trabalho da equipe, que se empenhou na organização do Encontro, falando também das expectativas em torno das experiências diversificadas que serão abordadas até o dia 14. “Definir o programa Interações Estéticas é simples e complexo ao mesmo tempo, pois, sem Ponto de Cultura não tem projeto e sem artista não tem criação.” Ana Claudia também ressaltou a importância da parceria da Funarte com a Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC. “Sem a cooperação da Secretaria seria impossível fazer este intercâmbio e desejamos vida longa aos projetos apoiados pela Funarte e pelo MinC.”
A diretora do Cepin anunciou que, no último dia do Encontro, serão lançados quatro livros, contemplados com o Edital Bolsa de Criação Literária 2010, apoiados pela Instituição, e também o livro sobre o I Encontro Funarte de Políticas para as Artes, realizado em novembro de 2011. Ana Claudia falou ainda sobre a exibição, ao longo do evento, de vídeos do projeto Brasil Memória das Artes.
A secretária de Cidadania e Diversidade Cultural do MinC, Márcia Rolemberg, falou sobre a dimensão e a importância que o programa Cultura Viva, desenvolvido pelo ministério, alcançou a partir da parceria com a Funarte. “É muito importante, principalmente, pela demanda de política de fomento que recebemos como, por exemplo, a do Microprojetos. A ideia é potencializar os espaços, manter a frequência e procurar ampliar os componentes desses programas.” Ela acrescentou que a “política mais participativa, com capacidade de escutar, torna a linguagem acessível a toda à comunidade.” A secretária informou também que o MinC acaba de formar parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), para a divulgação em seu portal de notícias dos programas da Rede Cultura Viva, o que ocorrerá em breve.
Em seguida, teve início a mesa redonda “A gente brincava com a terra”, que contou com o artista Tércio Araripe, contemplado com a Bolsa Interações Estéticas em duas edições (2008 / 2009), e a participação de artistas, pesquisadores e público em geral.
Fundador do Grupo Uirapuru, Tércio Araripe contou um pouco de sua experiência como artista plástico, luthier e bolsista do projeto: “Eu tinha seis meses para mostrar o resultado final do meu trabalho, o Uirapuru, destinado a crianças de Moita Redonda, no interior do Ceará, que nunca tinham tido contato com instrumentos musicais. A experimentação, a construção e o tocar dos instrumentos de barro são a principal meta da orquestra do maestro Luizinho Duarte.” Tércio relatou que cerca de 30 crianças participaram das oficinas e que, hoje, 20 delas, integram as apresentações do Grupo Uirapuru. “Todo o trabalho foi transformado no documentário De Barros – uma homenagem a Manoel, dedicado ao poeta Manoel de Barros”, acrescentou o artista.
Nesse primeiro dia, foram exibidos ainda os vídeos-documentos Foto Carlos, com depoimento do cenógrafo Helio Eichbauer e Dulcina, sobre Dulcina de Moraes e o teatro da Funarte no Centro do Rio que leva o nome da atriz e diretora, ambos produzidos respectivamente em 2010 e 2012, pela equipe do projeto Brasil Memória das Artes, da Funarte.
O coordenador de Dança, Fabiano Carneiro, conduziu a mesa da tarde: “Residências como forma de fomento”. Participaram, ainda, Augusto Albuquerque (Instituto Sacatar), Nadam Guerra (Ponto de Cultura Terra UNA) e Marjorie Botelho (Ponto de Cultura Rural), relatando suas experiências em projetos de residências.
Leia mais aqui sobre o II Encontro Funarte de Política para as Artes e acesse a programação