A Fundação Nacional de Artes lamenta a morte do ator, diretor e produtor Walmor Chagas, ocorrida nesta sexta-feira (18/01), em Guaratinguetá, interior de São Paulo.
Profissional de enorme talento, Walmor iniciou no teatro em 1948, com Antígone, de Jean Anouilh. No cinema, sua estreia foi em São Paulo S/A (1965), de Luís Carlos Person. Em seus mais de 60 anos dedicados à arte de representar, o ator gaúcho participou de mais de 60 peças e 18 filmes. O cinema era outra grande paixão do ator que também se dedicou à televisão, onde atuou em mais de 30 trabalhos, entre novelas e minisséries, e ainda como apresentador.
Nos anos 50 e 60, Walmor Chagas brilhou no TBC, o Teatro Brasileiro de Comédia, ao lado de Cacilda Becker, com quem foi casado por 13 anos até a morte da atriz, em 1969. Com Cacilda, fundou o Teatro Cacilda Becker, em São Paulo. O grupo, que tinha, também, Ziembinsky e Cleide Yaconis, irmã de Cacilda, estreou com O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna.
Walmor Chagas era grande admirador de Ziembinski, e, em 1988, ao inaugurar um teatro na Tijuca, Zona Norte do Rio, batizou-o com o nome do diretor.
Walmor Chagas deixa a cena para a tristeza de seus colegas e do público, mas seu talento será sempre lembrado como um dos grandes do teatro e da televisão no Brasil.