Orquestra de Salão Tira o Dedo do Pudim, na Sala Funarte – Rio

Foto: Instituto Villa Lobos - UniRio

A Orquestra de Salão Tira o Dedo do Pudim apresenta um trabalho mesclado entre a música popular e a erudita. O nome presta homenagem ao antigo bloco do início do século XX, Sociedade Carnavalesca, Familiar, Dançante, Beneficente e Recreativa Tira o Dedo do Pudim, no Morro da Conceição, no Rio de Janeiro. O show da orquestra, integrante do Projeto Música na Cidade, na Sala Funarte Sidney Miller, será em três quartas-feiras: dias 9, 16 e 23 de outubro, às 18:30h, com a participação dos percussionistas convidados, Paschoal Meirelles e André Tandeta.

O guitarrista do conjunto, Samuel Araújo fez uma pesquisa, um verdadeiro “garimpo” das partituras originais de músicas populares do compositor erudito Guerra-Peixe – que tem uma uma vasta mas desconhecida obra popular. O grupo estreou em temporada no Rio Jazz Club, do antigo Hotel Meridien e posteriormente gravou o primeiro CD, com arranjos de Antonio Guerreiro de Faria, tecladista do conjunto, e também com criações coletivas dos outros integrantes, que improvisaram sobre os arranjos originais de Guerra-Peixe para orquestra de salão.

Na fase atual, o Tira o Dedo do Pudim diversifica o repertório, sob inspiração direta das ideias de Guerra-Peixe e Mário de Andrade, elaborando novos arranjos para composições de Radamés Gnatalli, Antonio Guerreiro de Faria, Antonio Callado, Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Cartola e Claudio Santoro. O conjunto  já se apresentou em programas de Rádio, como os de Altamiro Carrilho e o Sala de Concertos na Rádio MEC, e fez shows em diversos locais, como o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ/ o Teatro da UFF em Niterói; o Conservatório Brasileiro de Música; e o SESC Flamengo, sob o comando de Lauro Góes. O grupo também produz oficinas sobre música popular, como o que realizou no Instituto Villa Lobos.

No repertório de Orquestra de Salão Tira o Dedo do Pudim estão as músicas: Cheio de Malícia, Monotonia e Papo de Anjo, de Radamés Gnattali; Prelúdio nº 1 e Prelúdio 2, de Cláudio Santoro; Choro-bossa e Meu Choro; de Antonio Guerreiro de Faria; Suíte no Estilo Popular Urbano, Guerra-Peixe; Ingênuo, de Pixinguinha; Flor Amorosa, de Antonio Callado; Doce de Côco, de Jacob do Bandolim e Disfarça e Chora, de Cartola.

Os músicos

Clay Brazil fez o curso de graduação em contrabaixo pela Escola de Música da UFRJ, na classe do professor Sandrino Santoro e, desde 1985, é músico da Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense (UFF). Integrou também conjuntos de câmara, como a Academia Antiqua, da Pró-Arte e a Camerata Quantz. Participa ativamente de grupos ligados à MPB, jazz e choro, tendo acompanhado cantores como João do Vale, Marisa Monte e outros. Como integrante do Blas Rivera Quintet apresentou-se no Festival de Montreux. No teatro tem participado de diversos musicais como Dolores, Atlântida, Cantores do Chuveiro e Um dia de sol em Shangrilá.

Samuel Araujo estudou violão com Nélio Rodrigues e composição com Guerra-Peixe. Obteve, em 1978, o 1º prêmio do II Concurso Nacional de Cordas Funarte/Abrarte; tornou-se professor da Universidade Federal da Paraíba em 1980 e, posteriormente, doutorou-se em Musicologia pela Universidade de Illinois, com uma tese sobre o Samba. É professor da Escola de Música da UFRJ, onde coordena o Laboratório de Etnomusicologia. Como pesquisador, possui artigos publicados em revistas como Ethnomusicology 35/2, Latin American Music Review 9/1 e Musical Quarterly. Produziu o CD etnográfico Cavalo Marinho da Paraíba,Vol.12, da série Viagem dos Sons, Tradisom, Portugal.

Antonio Guerreiro de Faria é licenciado em Música, com mestrado em Música Brasileira. Foi aluno de Composição e Orquestração de Guerra-Peixe. Teve aulas de Harmonia e Contraponto Modal com Hélio Sena. É Professor Adjunto da Uni-Rio, onde leciona Harmonia, Contraponto e Fuga, e Estrutura da Música Modal. É tecladista, arranjador de música popular e compositor de música de concerto. Participou de inúmeras bienais de música brasileira contemporânea da Funarte e de concertos, com orquestras como a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN), Pró Música, Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSPA) e mostras de música brasileira, tendo obras gravadas por conjuntos como Brasil Ensemble, Madrigal de Brasília, e por artistas como Rosana Lanzellote e, nos EUA, Luis Engelke. Como pesquisador, publicou artigos em revistas como a Permusi e a Latin American Music Review.

Chico Costa estudou saxofone com Idriss Boudria e Nivaldo Ornelas. Finaliza, atualmente, o bacharelado em Saxofone da Uni-Rio, com Marco Túlio de Paula Pinto. Tocou intensivamente em grupos instrumentais, como a Orquestra de Saxofones, e o Teatro do Som, além de apresentar-se com artistas como Eduardo Dussek, Claudete Soares, Ronaldo Diamante e Dodô Ferreira. Participou de gravações com nomes destacados da MPB, dentre os quais Katia Bronstein, Cláudia Telles, Jorge Benjor e Fafá de Belém. Foi também produtor de programas de jazz e música instrumental, na Rádio MEC – RJ, tais como: Ensaio Geral; MBI –Música Brasileira Instrumental e Todas as Claves.

Projeto Música na Cidade

Dias: 9, 16 e 23 de outubro
Quartas-feiras, às 18h30

Orquestra de Salão Tira o Dedo do Pudim

Sala Funarte Sidney Miller
Palácio Gustavo Capanema
Rua da Imprensa, nº 16 – Centro

Ingressos: R$ 10. Meia-entrada: R$ 5

Classificação etária: Livre

Contatos

(21) 2279-8601 – Centro da Música
(21) 2279-8087 – Bilheteria – Após às 15h