Missa em memória de Flávio Rangel, dramaturgo e diretor teatral: no RJ, dia 5 – terça-feira

Será celebrada uma missa em memória do dramaturgo e diretor teatral Flávio Rangel, no dia 5 de novembro de 2013, terça-feira, às 19h15, na Paróquia da Ressurreição – Rua Francisco Otaviano nº 99, Ipanema, Rio de Janeiro (RJ). A celebração é uma homenagem, pelos 25 anos do falecimento do artista. Ele dedicou sua vida a uma carreira vitoriosa de 30 anos, que tanto contribuiu para o teatro brasileiro.

Flávio Nogueira Rangel nasceu em Tabapuã (SP), em 6 de agosto de 1934. Ao assistir ao espetáculo “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, percebeu que sua vocação era, de fato, o teatro. Começou a ganhar projeção em 1958, no Teatro Cultura Artística, na Capital Paulista, como diretor de “Juventude sem dono”, com Milton Moraes e grande elenco. No ano seguinte, fez a direção de “Gimba”, montagem do texto de Gianfrancesco Guarnieri, que representou o Brasil em festivais fora do país. De volta ao Brasil, Franco Zampari o contratatou para dirigir o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC), a mais famosa das companhias de teatro nacionais, como o primeiro brasileiro a comandá-la. Após “Gimba”, e como primeiro espetáculo no TBC, montou “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes. No início dos anos 1960, foi para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar como diretor independente.

Dirigiu mais de 80 espetáculos, entre peças de teatro e shows musicais. Realizou montagens teatrais de reconhecida importância, tais como “Liberdade, Liberdade”, “A Escada”, “A Revolução dos Beatos”, “A Capital Federal”, “Esperando Godot” e “Piaf”. Dirigiu, ainda “Édipo Rei”, de Sófocles, com Paulo Autran; “A Morte do Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller – uma vez com Dionisio Azevedo, outra com Paulo Autran; “Amadeus”, de Peter Shaffer, com Raul Cortez; ‘Vargas”, de Dias Gomes e Ferreira Gullar, com Paulo Gracindo; “O Que o Mordomo Viu”, de Joe Orton, com Sérgio Viotti; e Cyrano de Bergerac”, de Edmond Rostand, com Antonio Fagundes, entre outros espetáculos.

Entre os shows que dirigiu, estão incluídos “Faz Escuro mas Eu Canto”, com Thiago de Mello e Sérgio Ricardo; “Raíces de America”, com o grupo de mesmo nome; recitais das cantoras Simone e Nara Leão), desfiles de carnaval (Vila Isabel, em 1976 e 1977); e ainda desfiles de moda.

Foi casado com a atriz Ariclê Perez. Seu primeiro matrimônio, com Maria Dulce Pedreira, gerou um filho, Ricardo. Morreu aos 54 anos, com câncer no pulmão.

Artistas, produtores e técnicos de teatro e estudiosos reconhecem a contribuição de Flávio Rangel para a cultura brasileira. Eles registram que o trabalho deste criador marca um conjunto de obras de sua geração, cujo objetivo foi desenvolver uma dramaturgia brasileira.