Funarte lamenta morte de Jorge Dória

A Fundação Nacional de Artes lamenta a morte do ator Jorge Dória, ocorrida nesta quarta-feira (6/11), no Rio de Janeiro, em hospital da Barra da Tijuca, onde estava internado desde o final de setembro. Dória, de 92 anos, estava afastado da atividade artística em decorrência de acidente vascular cerebral. Seu último papel foi no humorístico Zorra Total, da TV Globo.

Jorge Dória estreou como ator na companhia da vedete Zaquia Jorge, com a peça As Pernas da Herdeira (1951), que escreveu em parceria com o amigo Leoni Dória Machado, a quem homenageou com seu nome artístico. Mas o cinema já havia acontecido na vida do artista em 1948, com o filme Mãe, dirigido por Theófilo de Barros Filho para a Cinédia.

Com uma carreira dedicada à arte de interpretar, participou de mais de 80 filmes, peças, novelas e seriados, se destacando na comédia. Um de seus grandes sucessos foi na primeira montagem de A gaiola das loucas, de 1974, baseada no texto do autor francês Jean Poiret. Na televisão, trabalhou na extinta TV Tupi e na TV Globo, onde marcou sua passagem na primeira versão da A grande família, interpretando Lineu, atualmente vivido por Marco Nanini. Em 1989, sua interpretação do Conselheiro Vanoli, da novela Que rei sou eu? (TV Globo), lhe rendeu o prêmio de melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Sua última atuação foi no humorístico Zorra Total, no qual interpretava Maurição, pai machista de Alfredinho (Lúcio Mauro Filho).

Jorge Dória deixa também sua marca no cinema brasileiro, tendo participado de longas-metragens como O Assalto ao Trem Pagador (1962) – pelo qual recebeu o Prêmio Saci como ator coadjuvante –, O homem do ano (2003), Traição (1998), A dama do Cine Shanghai (1987), Pedro Mico (1985), O sequestro (1981), Perdoa-me por me traíres (1980), Assim era a pornochanchada (1978), A dama do lotação (1978), entre outros.

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