A Fundação Nacional de Artes lamenta a morte do artista plástico Gilvan Samico, ocorrida nesta segunda-feira (25/11), em Recife (PE). Considerado um dos maiores nomes da gravura nacional, Samico era também pintor e marceneiro. Foi aluno de mestres como Lívio Abramo, com quem estudou na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e de Oswaldo Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio. Sua proximidade com o escritor Ariano Suassuna o levou a integrar o Movimento Armorial – fundado pelo escritor paraibano e voltado à cultura popular nordestina e à literatura de cordel.
Sua produção é marcada pela recuperação do romanceiro popular nordestino e pela utilização criativa da xilogravura. Suas gravuras têm forte influência das lendas e narrativas locais. Sua obra é também marcada pela presença de animais fantásticos e míticos: leões, serpentes, dragões.
Samico construiu uma trajetória independente de seu trabalho na xilogravura, na qual exercia seu ofício meticuloso e talentoso de gravador. Nos últimos anos, o artista se dedicava a uma obra por ano.
Gilvan Samico era um dos principais nomes das artes plásticas do Brasil, e faleceu, aos 85 anos, em decorrência de um câncer.