Orquestra Carioca de Choro empolga o público na Sala Funarte, no Rio

Orquestra Carioca de Choro - Foto: Sebastião Castellano

A noite de quarta-feira (12) foi embalada por grandes composições, improvisos e o virtuosismo dos instrumentistas da Orquestra Carioca de Choro, que emocionaram o público na Sala Funarte Sidney Miller, no Rio. O grupo é formado por Jorge Simas (violão de 7 cordas), Tiago Machado (violão), Alceu Maia (cavaquinho), Diego Zangado (bateria) e Zé Luiz Maia (contrabaixo), além dos solistas Dirceu Leite (sopros), Kiko Horta (acordeom), Fabiano Segalote (trombone) e Afonso Machado (bandolim, arranjos e direção musical). A programação fez parte do Projeto Música no Capanema, da Funarte, que apresenta o melhor da música brasileira, nos mais variados estilos, sempre com entrada gratuita.

O show ‘Concerto Brasileiro’ teve início com as músicas Choro Pro Miudinho, de Dominguinhos; e Um Tom pra Jobim, de Sivuca. Na sequência, a orquestra fez uma homenagem ao mestre do cavaquinho, Waldir Azevedo, ao tocar Vê se gostas, de sua autoria. Antes de apresentar Rio à toa (1999), o músico Dirceu Leite falou um pouco dessa sua composição, em parceria com Jorge Simas. A música fez parte do Concurso de Choros promovido pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e realizado pelo Museu da Imagem e do Som (Mis), em 1999. Em Atlântico, de Ernesto Nazareth, os músicos relembraram o primeiro álbum de Dirceu Leite, de 1996, que abria com esta composição. Outro destaque da noite foi a interpretação de Louco por Música, de Portinho. Segundo Dirceu, a composição traz à sua memória um dos expoentes do choro carioca, o músico Mário Pereira, que tocava esta melodia como nenhum outro.

A cada nova canção, a orquestra era aplaudida com entusiasmo pelo público. O violonista Jorge Simas ressaltou que a música Nós Dois, de sua autoria, surgiu de improviso numa roda de choro. Um dos grandes momentos do show foi o solo trombone de Fabiano Segalote ao interpretar Na Glória, de Raul de Barros. A música Ainda Me Recordo, de Pixinguinha e Benedito Lacerda foi dedicada à convidada de honra, a escritora, advogada e museóloga Lygia Santos, filha do compositor Donga e da cantora Zaíra de Oliveira. Interpretações como Falando de Amor, de Tom Jobim; Bole-Bole, de Jacob do Bandolim; e Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro, emocionaram a todos e ainda tiveram pedido de bis.

Além do público em geral, estiveram presentes ao show a diretora do Centro da Música da Funarte, Renata Monteiro; o cantor e produtor Didu Nogueira, servidores e colaboradores da instituição.

Projeto Música no Capanema
A programação de março do projeto ‘Música no Capanema’ traz, ainda, shows com Leila Pinheiro – ‘Voz & Piano’ (dias 13 e 14), Ed Motta (dia 19), Raquel Coutinho (dia 20), Bena Lobo (dia 21), Moinho (dia 26), Marianna Leporace & Sheila Zagury (dia 27) e Cidade Negra (dia 28). Os espetáculos gratuitos são sempre de quarta a sexta, às 18h30, na Sala Funarte Sidney Miller, Centro do Rio. A distribuição de ingressos é feita na bilheteria.

Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, nº 16, térreo. Palácio Gustavo Capanema – Centro – Rio de Janeiro (RJ)
Bilheteria: (21) 2279-8087