A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do ator, diretor e crítico de cinema José Wilker de Almeida, ocorrida no último sábado (5), em Ipanema, no Rio de Janeiro. Um dos grandes nomes da televisão, do teatro e do cinema brasileiros, Wilker tinha 69 anos e foi vítima de um infarto. O corpo foi velado no Teatro Ipanema de sábado para domingo e cremado às 18h no Memorial do Carmo, no Caju.
Cearense, de Juazeiro do Norte (CE), José Wilker nasceu no dia 20 de agosto de 1944 e se mudou com a família, ainda criança, para o Recife. Sua primeira experiência teatral foi como figurante, aos 13 anos – um cobrador de jornal na peça Um bonde chamado desejo, de Tennessee Williams, na TV Rádio Clube, do Recife.
Seus personagens mais marcantes foram: Rodrigo, protagonista da novela Anjo mau (1976), de Cassiano Gabus Mendes; Roque Santeiro, protagonista da novela homônima, de Dias Gomes e Aguinaldo Silva, em 1985; e o ex-bicheiro Giovanni Improtta, em Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva, em 2004, dentre outros sucessos de interpretação. Assinou a direção de Sai de baixo (1996) e as novelas Louco amor (1983), de Gilberto Braga, e Transas e caretas (1984), de Lauro César Muniz, além de outros trabalhos. No cinema, participou de filmes como Xica da Silva (1976) e Bye bye Brasil, (1979), ambos de Cacá Diegues, dentre outras produções. Em 2006, protagonizou a minissérie JK, de Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, vivendo o presidente Juscelino Kubitschek. Seu mais recente trabalho na TV foi na novela Amor à vida como o médico Herbert, em 2014.
José Wilker também se destacou como comentarista da cerimônia do Oscar e era respeitado pelo público por suas críticas sobre cinema. O ator também presidiu a instituição RioFilme, durante cinco anos (2003 a 2005). Wilker deixa duas filhas, Mariana e Isabel.
‘José Wilker foi uma grande pessoa, um ser humano muito bacana’, disse o presidente da Funarte, Guti Fraga ao comentar a perda do ator e diretor.