Época de Ouro recebe a cantora Ana Costa, na Sala Funarte (RJ)

Ana Costa. Foto: divulgação

A Sala Funarte Sidney Miller, no centro do Rio de Janeiro, recebe na segunda-feira, 5 de maio, a cantora Ana Costa, às 17h. Ela divide o palco com o Conjunto Época de Ouro, que presta uma homenagem ao mestre Dino Sete Cordas. Ele completaria 96 anos, se estivesse vivo. O show tem entrada gratuita e faz parte do projeto Música no Capanema, realizado pela Fundação Nacional de Artes – Funarte. O programa Época de Ouro, da Rádio Nacional AM tem transmissão ao vivo pela emissora, em 1.130KHz.

Sobre Ana Costa

Cantora, compositora e violonista, Ana Costa consolidou sua carreira solo em 2006, com o lançamento do CD Meu Carnaval. O disco foi lançado em show no Teatro Rival BR, no Rio de Janeiro, num show que contou com as participações especiais de Analimar e Oswaldo Cavalo. Nesse mesmo ano, Ana Costa recebeu o Prêmio Rival Petrobras de Música, na categoria Revelação, e foi considerada “um dos talentos de 2006”, por Antonio Carlos Miguel, do jornal O Globo.

A artista surgiu no mundo musical em 1994, no grupo Couer Sambá – formado pelos filhos de Martinho da Vila – e no Roda de Saia, em 1996 (em violão e voz), com Bianca Calcagni (percussão e voz), Roberta Nistra (voz e cavaquinho), Geórgia Câmara (percussão), Carol D’Ávila (flauta). Fazendo parte do Roda de Saia – com o nome reduzido, mais tarde para O Roda – Ana apresentou-se no bar Butiquim do Martinho, em Vila Isabel, por dois anos.

Em 1999, convidada pela cantora Analimar, filha de Martinho da Vila, passou a integrar o grupo Couer-Sambá, ao lado da própria Analimar (voz), Agrião (percussão), Cristina Deane (voz), Mapinha (cavaco) e Tunico Ferreira (percussão) lançou o CD Musical. No ano 2000, com o grupo Roda de Saia gravou o CD Tô de olho. Em 2003, já com o nome de O Roda, o grupo lançou o disco Coisas do amor. Em ambos os trabalhos, foram incluídas músicas de sua autoria. Fez parte da banda da cantora Mart’nália, entre 2004 e 2006, com a qual participou de turnês pela Europa e pelo Brasil, através do Projeto Pixinguinha realizado pela Funarte.

O segundo CD de Ana, Novos Alvos, foi lançado em 2009. Com ele, a cantora realizou shows em países da Europa e da África e pôde se apresentar, pela primeira vez, em cidades como Salvador, Recife, Brasília e Belo Horizonte. Nesse mesmo ano, destacou-se com a música Almas Gêmeas, famosa na telenovela Tempos Modernos. Participou da música-tema Viva Essa Energia, nos jogos Pan-americanos 2007, junto com Arnaldo Antunes, e teve a indicação como melhor cantora de samba na 5ª edição do Prêmio TIM de Música – atual Prêmio da Música Brasileira.

Em 2012, participou da gravação do DVD Casuarina – 10 anos de Lapa, interpretando, ao lado de Pedro Miranda, a música Beija-me (Mário Rossi e Roberto Martins). O show contou com a participação de artistas que fizeram parte do cenário da revitalização cultural do bairro da Lapa, como Eduardo Gallotti, Teresa Cristina, Moyseis Marques, Marcos Sacramento, Nilze Carvalho, Pedro Miranda, Zé Paulo Becker, Áurea Martins, Zé da Velha e Silvério Pontes, entre outros. No mesmo ano lançou o CD Hoje é o melhor lugar, que incluiu três faixas inéditas de sua autoria (entre elas, Hoje é o melhor lugar – c/ Zélia Duncan) , e as regravações de Filosofia de vida (Martinho da Vila, Marcelinho Moreira e Fred Camacho), Por um dia de graça (Luiz Carlos da Vila), As coisas que a mamãe ensinou (Leci Brandão e Zé Maurício) e O que é, o que é (Gonzaguinha), entre outras. Produzido por Carlinhos Sete Cordas, o disco contou com a participação do cantor Moyseis Marques na faixa “Fogo sem a chama” (Alemão do Cavaco e Wanderlei Monteiro). O show de lançamento do disco foi apresentado no Teatro Rival.

Em 2013, realizou uma roda de samba mensal no Teatro Rival, no Rio, recebendo convidados como Sombrinha, Monarco, Casuarina, Dudu Nobre, Moyseis Marques e Toninho Geraes, entre outros. Na ocasião, apresentou músicas de Hoje é o melhor lugar, acompanhada dos instrumentistas André Manhães (bateria), André Siqueira e Silvão Silva (percussão), Júlio Florindo (baixo), Maurício Massunaga (violão, guitarra e bandolim) e Marcio Vanderlei (cavaco). Nesse mesmo ano participou da semana Os Sambas do Brasil, inserida nas comemorações do Ano Brasil-Portugal, apresentando-se no Espaço Brasil, em Lisboa (PT).

Recentemente, Ana Costa lançou seu terceiro álbum, Hoje é o melhor lugar.  Ele traduz seu momento, após trilhar o caminho de vários palcos do mundo e se firmar, na terra natal. No trabalho, Ana revela sua paixão, ternura, afeto e gratidão pelo samba.. A artista foi indicada, pela segunda vez, ao Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor cantora de samba, concorrendo com Alcione. Hoje é uma das mais requisitadas cantoras de samba da sua geração e éconsiderada, pela crítica e pelo público, uma das melhores intérpretes desse estilo da atualidade.

Sobre Dino Sete Cordas

Horondino José da Silva Nasceu na Rua Orestes, no bairro carioca do Santo Cristo. Sua relação com o violão veio desde a infância. Seu pai era violonista amador, assim como outros amigos, que frequentavam sua casa. Dino Sete Cordas estava sempre atento ao movimento musical. Começou a praticar inicialmente o bandolim, que trocou, pouco depois, pelo violão.

Diz Márcia Taborda, em sua dissertação de mestrado Dino Sete Cordas – Criatividade e revolução nos acompanhamentos da MPB: “[Dino] é um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, tendo entrado definitivamente para a história da música popular por seu exímio trabalho de acompanhador. Apoiado na tradição violonística de Tute (Arthur de Souza Nascimento, 1886-1951), introdutor do violão de sete cordas nos conjuntos de choro, Dino alcançou posição de relevo e prestígio musical, pela sua capacidade de inovar, criar e surpreender, sempre com extrema musicalidade e bom gosto. Foi o único violonista da MPB a adquirir fama, sendo apenas acompanhador no âmbito discreto dos regionais”.

Em 1966, Jacob do Bandolim criou o conjunto Época de Ouro, que teve grande importância no chamado “movimento de resistência do choro”, na década de 1960, época em que a bossa nova era predominante nos meios de comunicação. Em sua primeira formação, o grupo era integrado por Dino Sete Cordas, violão (Horondino José da Silva, 1918), César Faria (violão) Carlos Leite (violão), Jonas da Silva (cavaquinho), Gilberto d’Ávila (pandeiro), Jorginho (ritmo). Desde 1997, o conjunto apresenta-se com César Faria, Dino Sete Cordas, Toni (violão sete cordas), Jorge (cavaquinho) e Ronaldo (Bandolim) e Jorginho do Pandeiro (diretor musical).

Dino foi ainda responsável por arranjos e regência de muitos discos célebres, entre os quais os dois primeiros discos de Cartola (1974-1975) e do disco de Guilherme de Brito.

Quatorze cantores interpretaram suas 25 peças vocais. A maioria dele faz parte do universo formado pelos mais considerados da MPB, tais como: Almirante, Castro Barbosa, Orlando Silva, Isaura Garcia, Ciro Monteiro, Gilberto Alves, Carlos Galhardo, Déo, Silvio Caldas, Léo Vilar, Jane, Carminha Mascarenhas, Ângela Maria e Linda Batista. Em 2001, homenageado no festival Chorando no Rio, promovido pelo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro (MIS – RJ), na sala Cecília Meirelles, transmitido para todo o Brasil, com apresentação de Ricardo Cravo Albin, lançou o CD Café Brasil, em que o Conjunto Época de Ouro recebeu Paulinho da Viola, Ademilde Fonseca, Leila Pinheiro, João Bosco, Marisa Monte, Martinho da Vila e Sivuca, como convidados.

Sobre o programa Época de Ouro

Toda segunda-feira, das 17h às 19h, a Sala Funarte Sidney Miller recebe o Época de Ouro e seus convidados, no programa do conjunto, transmitido ao vivo pela Rádio Nacional e apresentado por Cristiano Menezes. A utilização do espaço resulta de uma parceria entre a Funarte e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Antes, a atração era realizada no auditório da Rádio Nacional, que passa por reforma.

Projeto Música no Capanema
Programa Época de Ouro

Convidada: Ana Costa

Entrada gratuita

Segunda-feira, 5 de maio, às 17h

Classificação indicativa: 12 anos

Sala Funarte Sidney Miller
Palácio Gustavo Capanema

Rua da Imprensa nº 16 (térreo) – Centro, Rio de Janeiro (RJ)

Tels: (21) 2279-8087 (bilheteria)

Convites disponíveis a partir das 15h, na bilheteria

Realização: Rádio Nacional AM – RJ/ Empresa Brasil de Comunicação (EBC)

Parceria: Fundação Nacional de Artes – Funarte

Mais informações

Funarte/Centro da Música

(21) 2279-8601