‘Diálogos com Amir Haddad’ recebe Aderbal Freire Filho, dia 18, no Teatro Cacilda Becker, no Rio

O diretor do Centro de Artes Cênicas da Funarte, que coordena o Programa; Marieta Severo; Amir Haddad; Fernanda Montenegro; e Aderbal Freire Filho

O ator Aderbal Freire Filho foi entrevistado na série Diálogos com Amir Haddad, na terça-feira, dia 18 de novembro, no Teatro Cacilda Becker – Rio. Artistas destacados como Fernanda Montenegro, Marieta Severo, Tonico Pereira e Claudio Mendes prestigiaram o evento. Promovido pela Fundação Nacional de Artes – Funarte, o projeto propõe encontros entre personalidades do teatro brasileiro e o público. Conduzida pelo diretor Amir Haddad, a serie de quatro entrevistas teve como convidados Marília Pêra, Renata Sorrah e José Celso Martinez Corrêa. A entrada é gratuita.

Nos encontros, os profissionais de teatro são entrevistados por Haddad sobre suas experiências na arte teatral, a trajetória na carreira, a troca com outros colegas de ofício, além de falarem sobre trabalhos, incluindo os mais recentes. Diálogos com Amir Haddad pretende transmitir ao público o processo criativo dos artistas entrevistados,  sob a ótica de Amir Haddad, diretor que passou por diversas fases do teatro brasileiro, experimentando variados estilos, desde o teatro tradicional ao teatro de rua.

Sobre Aderbal Freire Filho
Estreou em 1970 como ator em Diário de Um Louco, de Nikolai Gogol. Como diretor, a primeira montagem foi O Cordão Umbilical, de Mario Prata (1972); o primeiro sucesso, o monólogo Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde (1973). No final dos anos 70, dirige montagens, inclusive de ópera, na Argentina, Uruguai, Holanda, Colômbia, e participa de festivais e mostras internacionais de teatro. Reativa o Teatro Glaucio Gill, no Rio, onde estreia A Mulher Carioca aos 22 Anos, recebendo o Prêmio Shell. Na década de 1980, realiza experiências com teatro de rua, em grandes montagens de dramas sacros e adaptações para Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade. Moço em Estado de Sítio (1981), de Oduvaldo Vianna Filho, inicia uma fase criativa do diretor na busca pela teatralidade com o elenco tomando o texto teatral como eixo da criação. Besame Mucho, de Mario Prata (1983) lhe dá os prêmios Paulo Pontes e Mambembe; e Mão na Luva, de Oduvaldo Vianna Filho (1984), dois Mambembes e o Golfinho de Ouro. Nos anos 90, dedica-se a personagens históricos: Lampião, dele próprio; O Tiro Que Mudou a História, sobre Getúlio Vargas; e Tiradentes, Inconfidência no Rio, ambos dele e de Carlos Eduardo Novaes. Quatro anos depois, assume o Teatro Carlos Gomes, onde realiza, entre outros, Senhora dos Afogados, de Nelson Rodrigues. Também tem atuação como professor na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras, na Escola de Teatro Martins Pena e na Faculdade de Letras da UFRJ. Na Escola de Comunicação da UFRJ, coordena um curso de pós-graduação lato sensu.

Sobre Amir Haddad
Diretor e ator, iniciou a carreira em grupos alternativos na década de 1970, fundamentando seu trabalho na disposição não convencional da cena; desconstrução da dramaturgia; utilização aberta dos espaços cênicos; e interação entre atores e público. Nos anos 50, com José Celso MartinezCorrêa e Renato Borghi, participa da criação do Teatro Oficina (SP). Com A Incubadeira, de José Celso Martinez Corrêa (1959), ganha seu primeiro prêmio na direção. Depois, é premiado com dois Molière: A Construção, de Altimar Pimentel (1969) e O Marido Vai à Caça, de Georges Feydeau (1970). Com Tango, de Slawomir Mrozec (1972), recebe o prêmio Governador do Estado do Rio de Janeiro. Em 1980, funda o Tá na Rua, fazendo apresentações de rua baseadas em cenas de criação coletiva. Realiza trabalhos no teatro comercial, que lhe valem o Prêmio Shell (Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar/1989) e o Prêmio Sharp (O Mercador de Veneza, de Shakespeare/1996). Tem atuações também como professor na Escola de Teatro do Pará (1961 a 1964); Escola de Teatro da Universidade do Rio de Janeiro (1966 a 1973), e na Escola de Teatro Martins Pena (1965 e 1978). Trabalha na Formação do Núcleo de Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1992 a 1995), além de aplicar cursos em eventos de artes cênicas no país e no exterior, sendo, inclusive, pedagogo convidado da Escola Internacional de Teatro Latino-Americano e Caribe, em Havana.


Diálogos com Amir Haddad

18 de novembro, às 19h
Entrevistado: Aderbal Freire Filho
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338
Largo do Machado – Rio de Janeiro (RJ)
Tel.: (21) 2265-9933

*Entrada franca, sujeita à lotação

Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro de Artes Cênicas
ceacen@funarte.gov.br