A dança in situ no espaço urbano, livro de Carmen Morais, e Situ (ações) – caderno de reflexões sobre a dança in situ, organizado pela dançarina e arquiteta e por Ana Terra, professora da Escola de Dança da Unicamp, serão lançados no Museu da Imagem e do Som de São Paulo, no dia 14 de março, sábado, às 16h30. O evento faz parte da proposta Situ (ações) – proposições em dança in situ, contemplada com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2013.
O Núcleo Aqui Mesmo, realizador do projeto, abrirá o lançamento com uma performance de dança in situ, no Museu da Imagem e do Som. As publicações do grupo integram a série de proposições do programa, relacionadas à dança “in situ”, ou “site-specific”. A agenda incluirá ainda uma residência artística, uma oficina; e a criação de um site.
Os conceitos essenciais que reuniram o grupo, e que motivaram as publicações, têm como perspectiva comum apresentar a dança contemporânea inserida no espaço urbano e público – sobretudo no contexto da arte “in situ”.
Com origem na expressão latina “no lugar” e também chamada de “site-specific”, essa linguagem define a criação da obra artística a partir da sua relação a seu ‘sítio’, ou local de inserção e exposição (para o qual é criada especificamente). Em geral efêmera, essa forma de arte se constitui mais como uma ideia estética de natureza crítica do que como um elemento decorativo.
Sobre as publicações
A dança in situ no espaço urbano
De Carmen A. Morais – São Paulo – Editora Lince (2015)
O livro propõe uma reflexão sobre a dança contemporânea, como fenômeno inscrito no espaço urbano. A publicação é fruto da tradução revisada de uma pesquisa de mestrado que a autora realizou no Departamento de Dança da Universidade Paris 8 Saint-Denis (França), entre 2009 e 2010, sob orientação da pesquisadora e doutora em dança Julie Perrin (livre-docente da instituição).
Situ (ações) – caderno de reflexões sobre a dança in situ
Organização: Carmen Morais e Ana Terra – São Paulo – Editora Lince (2015)
A obra reúne textos de pesquisadores, artistas da dança e curadores, brasileiros e franceses, sobre a dança “site specific”, ou “in situ”.
Dois encontros dão origem às reflexões que compõem este caderno: um realizado na École Supérieure des Beaux Arts Montpellier Agglomération (Esbama), França, entre Anne Volvey, Julie Perrin e Laurent Pichaud, em fevereiro de 2013; e outro realizado no Museu da Imagem e do Som (MIS), São Paulo, como parte da programação Dança no MIS, com a participação de Ana Terra, Cláudia Müller, Natalia Mallo e Carmen Morais, em outubro de 2014.
Sobre a linguagem “in situ/site specific”
“A arte ‘in situ’, ou ‘site specific’, vem sendo praticada em grande escala, a partir dos anos 60 com a arte minimalista, ou ainda através de obras de nomes como Daniel Buren e Lothar Baumgarte, entre outros”, acrescenta Carmen Morais. Mais informações sobre o estilo podem ser encontradas na obra de Paul Ardenne Un art contextuel. Création artistique en milieu urbain en situation d’intervention de participation (Flammarion, Paris, 2002).
Serão doados 150 exemplares de cada publicação para cursos de graduação em dança, centros culturais, escolas e centros de referência em dança.
Sobre a iniciativa
O projeto Situ (ações) envolve tanto atividades teóricas quanto práticas. Carmen Morais comenta sua pesquisa: “Interessa destacar, dentro da complexidade do investimento da dança num sítio específico, questões como: o que é particular em relação à dança nesta aplicação em projetos ‘site-specific? Como a dança investe em sua relação com o lugar, a partir de uma prática de corpo singular? Como se estabelece a relação com o público? Que outros modos de produção e criação estão aí envolvidos?”. O objetivo é acessar os aspectos atuais da dança contemporânea, como prática inscrita no espaço urbano e público, sobretudo em propostas “site-specific”/ “in situ.
Carmen Morais é dançarina, arquiteta e mestre em dança pela Universidade Paris 8 (França) onde realizou pesquisa relacionada a esse projeto. A artista o criou em parceria com Ana Terra, da Universidade Estadual de Campinas – doutora em Educação, Mestre em Artes e professora do Curso de Graduação em Dança do Instituto de Artes da Unicamp, e graduada em Ciências Sociais pela USP.
O Núcleo Aqui Mesmo
O Aqui Mesmo foi criado e idealizado por Carmen, em 2012. O núcleo, que tem como co-fundadoras Lígia Rizzo e Thaís Ushirobira, ambas artistas de dança, apresenta como eixo principal de atuação a pesquisa sobre arte e espaço urbano – mais precisamente sobre “a espacialidade em dança nas propostas “site-specific”/“in-situ”.
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Lançamento das publicações
A dança in situ no espaço urbano
De Carmen A. Morais
Situ (ações) – caderno de reflexões sobre a dança in situ
Organização: Carmen Morais e Ana Terra
Sábado, dia 14 de março de 2015, às 16h30
Museu da Imagem e do Som de São Paulo
Avenida Europa, 158, Jardim Europa
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2117 4777
O Núcleo Aqui Mesmo abrirá o evento com uma performance de dança “in situ”
Na ocasião, serão disponibilizadas para venda, no local, 50 exemplares de cada obra (pagamento somente em dinheiro)
O Projeto Situ (ações) – proposições em dança in situ foi contemplado com o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna/2013
Mais informações
Sobre o projeto: http://nucleoaquimesmo.com/projetos/situacoes
Sobre os realizadores: http://nucleoaquimesmo.com/sobre-o-nucleo/