‘Cemitério do Peixe: morte e magia nas artes visuais’, em Minas Gerais

Entre os dias 4 e 7 de junho, o povoado de Cemitério do Peixe, em Conceição do Mato Dentro (MG), vai abrigar a ocupação Cemitério do Peixe: morte e magia nas artes visuais, que tem como objetivo realizar e expor obras artísticas, assim como investigar e estimular reflexões sobre a relação da magia e morte nas artes. A proposta visa estimular relações multissensoriais entre artistas, pensadores e a população local, imersos neste ambiente dedicado às almas, em pleno sertão roseano. A ocupação Cemitério do Peixe – magia e morte nas artes visuais integra a Rede Nacional Funarte de Artes Visuais – 11ª Edição.

Cemitério do Peixe é conhecido popularmente como uma “cidade-fantasma”: durante cinco dias no ano, milhares de pessoas se reúnem para agradecer e celebrar as almas e São Miguel Arcanjo, padroeiro da única igreja do povoado. Nos outros dias do ano, apenas duas famílias vivem ali naquele micro universo de cerca de 200 casas.

“Esta discussão é fundamental, uma vez que a morte é incontornável para todos os seres viventes e a reflexão sobre está temática é inerente a todas as culturas humanas. Apesar desta inevitabilidade, este é um tema tabu na arte contemporânea e praticamente banido das mostras realizadas no Brasil. Para isto, propomos meditações e vivências em torno das representações artísticas e o feitiço que as envolve no tratamento de temáticas como a transitoriedade da vida, luto, a sobrevivência da alma pós-morte, a vida dos espíritos, violência”, explica o artista visual Francilins Castilho Leal, idealizador do projeto.

A programação tem por princípio a diversidade, contemplando exposições, seminários, oficinas, minicursos etc. As ações ocorrerão nas ruas do povoado Cemitério do Peixe, um conjunto arquitetônico abandonado pertencente à prefeitura de Conceição do Mato Dentro, estado de Minas Gerais. Alguns nomes já confirmados: Claudia Rodrigues-Ponga (São Paulo/Madri), Divino Sobral (Goiás), Irving Domingues (Cidade do México), Francilins (Minas Gerais), Mario Ramiro (São Paulo), Santiago Rueda (Bogotá), Titus Riedl (Ceará / Alemanha), Marcelo Campos (Rio de Janeiro), Ronaldo Entler (São Paulo), João Castilho (Minas Gerais), Pedro David (Minas Gerais) e Eustáquio Neves (Minas Gerais).

Outros artistas e propostas integrarão a ocupação e serão selecionados por meio de convocatória.

A Convocatória

Desde o dia 23 de março, o projeto está com a convocatória aberta aos interessados em apresentar propostas para a ocupação Cemitério do Peixe – magia e morte nas artes visuais. Também está recebendo propostas de residência artística no local, com início a partir do dia 11 de maio. A organização subsidiará hospedagem e alimentação aos selecionados.

Serão selecionados trabalhos das mais diversas ordens e suportes que estejam de acordo com o tema que norteia a ocupação: a relação entre morte e magia nas artes visuais, desde a pré-história até a contemporaneidade. As propostas (trabalho ou concepção de trabalho) devem ser enviadas junto com portfólio e curriculum vitae até o dia 5 de abril para o endereço eletrônico contato@cemiteriodopeixe.com.br

Saiba mais

www.cemiteriodopeixe.com.br