Grupo Magiluth apresenta em Recife ‘O Ano em que sonhamos perigosamente’

O grupo Magiluth apresenta a temporada de estreia de seu espetáculo O Ano em que sonhamos perigosamente, no Teatro Apolo-Hermilo, no bairro do Recife, na capital de Pernambuco. O projeto foi contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2014. Os ingressos têm preços populares.

O texto de Pedro Wagner (que também dirige a montagem) e Giordano Castro, é baseado no livro homônimo, do filósofo esloveno Slavoj Zizek. A peça tem também influência dos pensamentos de Gilles Deleuze e do cinema de Yorgos Lanthimos. O oitavo trabalho do grupo pernambucano utiliza a imagem do próprio fazer teatral para questionar o momento político da atualidade. O enredo representa uma desconstrução da estrutura da narrativa de teatro tradicional. A cena mostra cinco homens, que treinam e buscam novas formas e composições para realizar algo belo, mas cujo nome ainda não se sabe.

Como na obra de Zizek, o espetáculo do Magiltuh reflete sobre a onda de movimentos contestatórios, ou “sonhos emancipatórios”, que surgiram no mundo, nos últimos anos. A obra representa a soma dos onze anos de trajetória do grupo com a influência dessas manifestações políticas, como o Occupy Wall Street, a Primavera Árabe a Revolução Laranja, na Ucrânia, “ainda que distintos em suas expressões e questionamentos”  – comenta o grupo –  e de seus reflexos no Brasil, em Junho de 2013. O movimento Ocupe Estelita também influenciou a criação.

“É uma obra aberta a múltiplas interpretações, um ensaio de resistência ético-estético-político. São linhas, não formas pré-estabelecidas. Pode-se fugir, esconder, confundir, sabotar, cortar caminho. Não que existam caminhos certos. Existem caminhos certos? Não sabemos. Há, porém, a subjetividade e todas as suas nervuras e ramificações. Não há um modelo fechado. Não há ligação definitiva. São linhas de intensidade, apenas linhas de intensidade. Uma percepção racional do mundo? Um “zeitgeist” talvez. Colocaram uma lupa na crise do capitalismo e por consequência, na crise dos modelos de poder dos estados”, dizem os artistas. Eles comparam o trabalho aos filmes de Lanthimos, que mostram “conflitos familiares, para falar sobre o colapso nacional grego”.

A dramaturgia é fruto do projeto Jogo Magiluth: Manuntenção de Pesquisa, realizado com recursos do Funcultura 2013/2014. O trabalho recebe ainda o apoio do Centro de Formação e Pesquisa Apolo-Hermilo, através de seu dital de pesquisa 2015.1.

O Ano em que sonhamos perigosamente
Dias 11, 12, 18, 19, 25 e 26 de Junho de 2015 — às 20h

Teatro Apolo-Hermilo
Rua do Apolo, 121 – Recife (PE)
Tel.: (81) 3355-3320
Ingressos: R$ 20. Meia-entrada R$ 10

Projeto contemplado com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2014 (montagem).

Ficha  Técnica
Direção: Pedro Wagner
Dramaturgia: Giordano Castro e Pedro Wagner
Atores: Erivaldo Oliveira, Giordano Castro, Mário Sergio Cabral, Pedro Wagnere Thiago Liberdade
Preparação Corporal: Flávia Pinheiro
Desenho de Som: Leandro Oliván
Desenho de Luz: Pedro Vilela
Direção de Arte: Flávia Pinheiro
Design Gráfico: Thiago Liberdade
Fotografia – Renata Pires
Caixas de Som: Emanuel Rangel, Jeffeson Mandu e Leandro Oliván
Técnico: Lucas Torres

Realização: Grupo Magiluth

Mais informações
www.magiluth.com/
https://pt-br.facebook.com/magiluth
magiluth@gmail.com
(81) 9910 3083 | (81) 8202 0333 – (Pedro Wagner)