No dia 7 de agosto, sexta-feira, o show de Ava Rocha na série Contemporâneos na Sala Funarte – um programa da Fundação Nacional de Artes/Centro da Música – , teve casa cheia. Isso confirmou o sucesso da ocupação da sala pelo coletivo Quintavant/Audio Rebel, em julho e agosto: o grupo já havia realizado as apresentações de Arto Lindsay; e do quarteto Nelson da Rabeca, Dona Benedita, Thomas Rohrer e Panda Gianfratti; e os dois shows também tiveram bom público.
Ava Rocha vem se destacando entre os artistas da canção brasileira contemporânea e acabou de lançar o seu primeiro álbum solo Ava Patrya Yndia Yracema (2015), que conta com composições de importantes artistas da canção brasileira contemporânea, tais como Negro Leo. Ele participou do show, cantando Jovem tirano príncipe besta, uma das suas canções mais conhecidas, recentemente gravada pela Trupe chá de boldo.
Também participaram do show os músicos Thomas Harres, baterista que toca com nomes como Jards Macalé, entre outros; Marcos Campelo, guitarrista do Chinese Cookie Poets; Eduardo Manso, multi-instrumentista do celebrado grupo Tono e Felipe Zenicola baixista do Chinese Cookie Poets). Após cantar canções como Não vai passar (Negro Leo), Hermética (Negro Leo/Luis Augusto), Uma (Ava Rocha) e Doce é um amor (Domenico Lancelotti/Bruno di Lullo), Ava terminou o show com o clássico Canoa, Canoa (Nelson Angelo/Fernando Brant), obra-prima do repertório de Milton Nascimento.
Para Marcos Lacerda, diretor do Centro de música da Funarte e idealizador do projeto Contemporâneos na Sala Funarte, Ava Rocha é uma das principais artistas da música brasileira contemporânea. “Ela tem um repertório consistente, inventivo e renovador. A intensidade, vitalidade e inventividade da sonoridade da banda, junto com a voz rascante, áspera e profunda de Ava Rocha, nos deixaram muito impressionados”, comenta.
Sobre o projeto de ocupação
Em 2015, a Sala Funarte Sidney Miller recebe coletivos, que ficam responsáveis pela programação de shows, entre os meses de julho e dezembro. Além do Quintavant e do Audio Rebel, participam da ação os grupos Chama, Etnohaus, Norte Comum, Leão Etíope do Méier e Banda Desenhada. Os seis coletivos, selecionados pelo Centro de Música da Funarte, apresentam visões estéticas e concepções distintas sobre a criação e a crítica da canção brasileira popular e da música brasileira contemporânea com o um todo. As apresentações vão desde o trabalho com música percussiva, bloco de carnaval, música experimental e de improviso e música eletrônica, até vertentes da canção, mais próximas da literatura e da MPB tradicional.
A iniciativa faz parte do Programa de Integração das Salas Funarte. Este envolve uma série de projetos, cujo foco principal é a criação e a mediação crítica da música popular e da canção brasileira contemporânea, autoral e independente. Este ano, a ocupação é restrita a grupos do Rio de Janeiro e à Sidney Miller. Mas, a partir do ano que vem, se estenderá pelas outras salas Funarte do Brasil, com coletivos de outros estados.
Contemporâneos na Sala Funarte
Julho a dezembro de 2015
Sala Funarte Sidney Miller
Rua da Imprensa, nº 16, térreo – Centro
Rio de Janeiro (RJ)
Mais informações
Fundação Nacional de Artes
Centro da Música
cemus@funarte.gov.br