Realizado pela Fundação Nacional de Artes em Brasília e no Rio de Janeiro, o projeto Contemporâneos na Funarte recebe, mais um dos 12 espetáculos musicais programados para o mês de dezembro. Na quinta-feira (10), César Lacerda, cantor, multi-instrumentista e compositor, apresenta seu show Paralelos & infinitos, com músicas criadas por ele ou feitas em parceria – a maioria delas integra do álbum de mesmo nome, segunda obra autoral do artista, lançada este ano. A entrada é franca.
César Lacerda têm parceiros de composição como Paulinho Moska, Matheus Nachtergaele, Eucanaã Ferraz, Fernando Temporão, Letícia Novaes e Luiz Gabriel Lopes. Já teve canções gravadas em discos de Filipe Catto, Duda Brack, Kristoff Silva, e do grupo Graveola e o Lixo Polifônico, entre outros. Já mostrou seu trabalho em palcos respeitados, no Brasil e em seis países estrangeiros: Portugal, Uruguai, Itália, Holanda, Cuba, Alemanha. Entre os espaços onde tocou estão a Casa da Música (Portugal), com o rapper Emicida; o Club Bahnhof Ehrenfeld (Alemanha); o TramJazz (Itália) – lado a lado com o senegalês Madye Diebate – ; no Festival Romerias de mayo (Cuba).
Criado pela Funarte em 2015, pelo Centro da Música, o programa Contemporâneos na Funarte reúne artistas e bandas com perspectivas estéticas e concepções artísticas as mais distintas, que expressam tendências representativas da inovação musical no Brasil. Os shows em Brasília, realizados diariamente até o dia 16, têm entrada gratuita.
Mais sobre César Lacerda
O artista tem participado de vários trabalhos, como a coletânea online, em homenagem ao Clube da Esquina, Mar Azul; um tributo aos Novos Baianos, o projeto Tinindo e trincando (do site Jardim Elétrico); e do Festival Dobradinhas e outros tais, com o EP digital Instantâneos, ao lado de Letícia Novaes (cantora e compositora da banda Letuce). No Brasil, tocou no Oi Futuro (Rio de Janeiro), nos e SESCs Vila Mariana (São Paulo), Palladium (BH) e Tijuca (Rio) e no Teatro Paiol (Curitiba – PR), entre outros. Fez parte da temporada 2015 do programa televisivo Zoombido (Canal Brasil), do cantor e compositor Paulinho Moska.
Mineiro, natural de Diamantina, César Lacerda passou a sua adolescência em Belo Horizonte e viveu por oito anos no Rio de Janeiro. Lançou seu primeiro disco em 2013, Porquê da voz (produção musical de Elisio Freitas), com doze faixas autorais e as participações do cantor e autor Lenine e do percussionista Marcos Suzano (do Taron, conjunto do leste-europeu), entre outros. O trabalho foi reconhecido pela crítica especializada.
Programação do Contemporâneos na Funarte em Brasília
Dezembro – próximos shows
Dia 10, quinta – César Lacerda
Dia 11, sexta – Bruno Cosentino – apresentação de repertório do álbum Amarelo
Dia 12, sábado – Romulo Fróes – show de lançamento do álbum Por elas/sem elas
Dia 13, domingo – Rico Dalasam – apresentação Fervo do Dalasam
Dia 14, segunda – Gustavo Galo – show ASA
Dia 15, terça – Léo Cavalcanti – Concerto voz e violão
Dia 16, quarta – Duo Fernando Grilo e Rodrigo Maré Souza – Mulambo Jazzagrário
Sobre o álbum Paralelos & infinitos
Paralelos & infinitos tem oito faixas autorais. Nelas, o autor toca quase todos os instrumentos e conta com participações dos músicos Cícero, Mahmundi, Lucas Vasconcellos (Letuce) e Pedro Carneiro – também produtor do disco (gravado pela Jóia Moderna, do DJ Zé Pedro), Conrado Kempers, (banda Dos Cafundós), João Machala e Rafael Mandacaru Orlandi (banda Iconilli – MG) e da atriz Victoria Vasconcelos.
Em resenha sobre o trabalho*, o pesquisador musical e letrista Márcio Bulk, editor do site Banda Desenhada, comenta: “Ter o amor como tema pode parecer, num primeiro momento, algo corriqueiro e banal. O lugar-comum. Entretanto, o que acontece quando um artista decide converter essa matéria-prima em um elemento instável, de alto risco? E ainda, optar por uma abordagem leve e sintética? Foi esse o caminho que César Lacerda escolheu para o seu novo disco […]. E há algo de revolucionário nessa escolha. Afinal, em um momento de tanta hostilidade e descrença, nada mais radical para um artista do que abrigar em sua obra o afeto. Lacerda, como grande músico que é, sempre soube fazer isso de forma singular, exibindo, desde seu primeiro disco, Porquê da Voz […], uma identidade luminosa, sensível e inventiva.
O pesquisador acrescenta: “ Lacerda jamais perdeu seu DNA mineiro, bem como jamais deixou de externar sua vontade em expandi-lo e se tornar universal. O que seria para muitos uma ideia conflituosa, para ele foi um poderoso impulso que o permitiu se abrir a vários diálogos. Algo que pode ser comprovado nos projetos em que vem se envolvendo desde o lançamento de seu álbum de estreia, há dois anos. Nesse período, o músico trabalhou ao lado de nomes de diversas cenas e gerações” e se apresentou ao lado de vários nomes importantes da música”. Bulk destaca que toda essa experiência, “tanto musical quanto pessoal”, foi muito importante para a elaboração de Paralelos & Infinitos. “Lançado em um momento de transição, quando Lacerda decide mudar-se para a cidade de São Paulo, o disco trata, exclusivamente, de um relacionamento amoroso” […]
“Abordando os aspectos mais resplandecentes dessa relação, o artista desfruta dessa felicidade (perene ou efêmera, não importa) revolvendo-a […]. Ainda que efusivo, Paralelos & Infinitos se apresenta como um trabalho íntimo, delicado e confessional. Seu título foi retirado do livro Amor em segunda mão (2006) da escritora portuguesa Patrícia Reis. A expressão é usada pela autora para designar a linha do horizonte, o encontro do mar com o céu, uma metáfora à relação a dois”, observa Márcio Bulk. E analisa: “Esteticamente, Lacerda promoveu em Paralelos & Infinitos uma fusão de influências que lhe são bastante caras: Milton Nascimento, Caetano Veloso, Grizzly Bear e, mais fortemente, DM Stith. Assim, é possível observar tanto um preciosismo notoriamente ligado ao som de Minas quanto a pesquisa timbrística e uma ambiência que remetem aos artistas contemporâneos da cena indie folk norte-americana”, observa Márcio Bulk.
*Texto publicado na internet em agosto de 2015
Paralelos & infinitos
Repertório
Algo a dois (César Lacerda), Touro indomável (César Lacerda/Francisco Vervloet), 21 (César Lacerda), Olhos (César Lacerda/Luiz Rocha), Gurajuba (César Lacerda), Paralelos & infinitos (César Lacerda), Love is (César Lacerda), Quiseste expor teu corpo a nu (César Lacerda).
Contemporâneos na Funarte – Brasília
César Lacerda
Show Paralelos & infinitos
Lançamento do álbum no DF
Sala Funarte Cássia Eller
Eixo Monumental, Setor de Divulgação Cultural – lote 2
Brasília (DF)
Tel.: (61) 3322 2025
Entrada franca
Distribuição de convites a partir das 19h. Sujeito a lotação.
Duração: 1h20
Realização: Fundação Nacional de Artes – Funarte
Centro da Música
cemus@funarte.gov.br
Acompanhe as notícias sobre os shows do Contemporâneos na Funarte em Brasília e no Rio, no Portal da Funarte: www.funarte.gov.br, na página Música.
Mais informações sobre o artista
www.cesarlacerda.com | https://www.facebook.com/ocesarlacerda |
https://soundcloud.com/cesarlacerda | www.youtube.com/cesar.phiattro
Informações sobre o projeto Contemporâneos na Funarte para a imprensa
Funarte – Assessoria de Comunicação
(21) 2279 8056 | 22798 065