Funarte traz sapateado com música à agenda dos Jogos Paralímpicos

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Um festival de sapateado e música marca presença na agenda artística das Paralimpíadas Rio 2016: o Floripa TAP, de 30 de agosto e 4 de setembro, no Teatro Dulcina – que fica no Centro da capital do RJ – com entrada franca. Contemplado no edital Mostra Funarte de Festivais – Circo Dança e Teatro, o projeto conta com sapateadores e músicos vindos de vários estados do país.

Evento internacional, realizado anualmente, desde 2011, em Florianópolis (SC), o festival é tido como um dos mais consolidados e importantes da América do Sul; e um dos principais encontros de dança do Sul do país –. A programação apresenta música brasileira, ritmada por sapateado. Essa mistura criativa, que se propõe a mostrar a riqueza cultural brasileira, é a tônica do Floripa TAP. Ele reúne, na versão carioca, nomes destacados do sapateado brasileiro, que apresentam cinco espetáculos diferentes e ministram 20 oficinas – também realizadas no teatro; e gratuitas –. As inscrições para as aulas estão abertas e podem ser realizadas no endereço eletrônico informado abaixo.

A Mostra da Funarte, o Floripa TAP e a inclusão de pessoas com deficiência

Coordenado pela coreógrafa, professora e diretora artística Marina Coura, que idealizou o Floripa Tap, o projeto desta edição foi um dos nove selecionados de todo o Brasil, para a Mostra Funarte de Festivais – Circo, Dança e Teatro – Olimpíadas 2016. Com o edital, o Ministério da Cultura e a Funarte, tem como objetivo dar visibilidade à produção artística brasileira, num momento em o mundo todo olha para o Brasil, em razão dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

As oficinas de sapateado atendem a alunos com diferentes graus de conhecimento, dos iniciantes aos de nível avançado. Estão incluídas aulas sobre elementos musicais aplicados ao sapateado; além da Oficina de ritmo e percussão corporal, entre outras.

Pensando na inclusão de pessoas com deficiência, a apresentação Recriando linguagens, no dia 4 de setembro, terá audiodescrição para pessoas com insuficiências visuais; além disso, uma das oficinas, ministradas por Marina, é direcionada especificamente a pessoas com deficiências auditivas.
São apresentados na temporada, toda noite, espetáculos que buscam mostrar um resumo do trabalho de pesquisa que envolve a fusão do sapateado com diversos elementos da cultura brasileira. Entre eles estão Saguibatu com Steven Harper e Adriana Salomão, Recriando Linguagens, da Cia. de Sapateado Trupe TOE (SC); As quatro texturas; do Grupo 4Tx (RJ); Compilation da Cia Vatá (SC) e Ritmos do mundo, do Grupo de Percussão de Itajaí (SC); além da Noite de performance comentada, com grupos de diversos lugares do Brasil. Procurando ampliar o debate sobre a difusão do sapateado no Brasil, ao fim de cada apresentação haverá um bate-papo com o elenco e os diretores de cada grupo sobre o processo de criação, pesquisa e desenvolvimento. Todas estas conversas serão traduzidas em inglês e libras, ampliando o acesso do maior número de pessoas.

Os ministrantes convidados

Ministram as oficinas sapateadores e professores convidados, como Steven Harper, Flavia Costa, Cintia Martin, Patricia Taranto e Adriana Salomão, do Rio de Janeiro; Bia Mattar e Marina Coura, de Santa Catarina, Valéria Pinheiro, do Ceará; e Christiane Matallo, de São Paulo. Os músicos Leandro Fortes e Rodrigo Paiva, de SC, também apresentam aulas, de elementos musicais e percussão corporal. No dia 3 de setembro, os sapateadores farão parte de um painel de discussão, com o tema Sapateado brasileiro no cenário mundial.

Marina Coura

Sapateadora e pesquisadora dos ritmos brasileiros com 20 anos de experiência, Marina Coura idealizou e dirige o Floripa Tap. Com orientação diferente da que está em curso no sapateado americano, ainda baseada no clássico jazz (e, mais recentemente, no funk), a artista levou ao Chicago Human Rhythm Project, o maior festival de sapateado do mundo, uma experiência inédita fora do Nordeste, em que codifica com o sapateado a parte rítmica do maracatu. O trabalho resulta dos estudos da sapateadora, feitos nos últimos dois anos, sobre o gênero musical – que é patrimônio cultural pernambucano – .

Floripa Tap nas Olimpíadas
Festival de sapateado e música, com oficinas e espetáculos

De 30 de agosto a 4 de setembro

Local: Teatro Dulcina
(Espaço da Funarte)
Rua Alcindo Guanabara, 17, Centro, Rio de Janeiro
Entrada franca

Produção: Harmonica Arte e Entretenimento
Realização: Garagem da Dança

Projeto contemplado no Edital Mostra Funarte de Festivais Teatro, Dança e Circo
Programa integrante da programação cultural das Olimpíadas/Paralimpíadas Rio 2016
Patrocínio: Fundação Nacional de Artes – Funarte / Ministério da Cultura
Governo Federal

Programação completa, mais informações e inscrições para oficinas em:
http://floripatap.com.br