O Dança em Trânsito, festival internacional de dança contemporânea brasileiro, ocupa o palco do Teatro Cacilda Becker, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), de 23 a 26 de agosto, com espetáculos a preços populares e oficinas gratuitas. Quatro companhias de dança – Grupo Tápias (RJ), Cia SIGA (Coreia do Sul), Ateliê do Gesto (GO) e Nimo Cia de Dança (RJ) – das 14 que compõem o festival vão se apresentar no teatro da Funarte com as montagens Ouroboros, Equilibrium, O Crivo e Luz no Olhar/No Tempo, respectivamente.
O Teatro Cacilda Becker também abriga três oficinas gratuitas, de 23 a 25 de agosto, ministradas por Shlomi Tuizer e Edmond Russo, da Cia francesa Affari Esteri; Flávia Tápias, coreógrafa, bailarina e diretora do Grupo Tápias – companhia associada ao Espaço Tápias e todas as suas produções – e Gaétan Jamard (França) e por Hector Plaza e Agnes Silva (Espanha). As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo endereço eletrônico workshop.dancaemtransito@gmail.com.
O trabalho inédito Ouroboros, que será apresentado dia 24 de agosto, no Teatro Cacilda Becker, é uma criação franco-brasileira do Grupo Tápias, que desde 2012 tem uma segunda sede na França, com dançarinos franceses. A coreografia tem coprodução do Le Bords de Scènes, do qual Flávia Tápias é artista residente em 2017. Na sequência, haverá a apresentação de Equilibrium da Cia SIGA, da Coreia do Sul. Completam a programação do Cacilda Becker os espetáculos O Crivo, da Cia Ateliê do Gesto, de João Paulo Gross e Daniel Calvet (GO); e No tempo e Luz no olhar, da carioca Nimo Cia de Dança.
Esta edição do Dança em Trânsito, que começou no dia 17, em Capivari de Baixo (SC), passou por outras quatro cidades do Sul e chega ao Rio de Janeiro no dia 23 de agosto, onde ocupa centros culturais e teatros, além de espaços públicos, até 27 de agosto. Ao celebrar sua 15ª edição, o festival reafirma os números superlativos que têm marcado sua trajetória até aqui. Este ano, 21 trabalhos (doze inéditos no país), de sete companhias brasileiras e outras sete estrangeiras – das quais quatro estarão se apresentando pela primeira vez no Brasil –, fazem parte da programação. O evento também irá extrapolar os limites do palco e ganhar as ruas e espaços públicos da cidade. A itinerância e o intercâmbio entre artistas e companhias de diversas cidades do mundo – marcas do festival – ultrapassam fronteiras este ano e, mais uma vez, levam o Dança em Trânsito a Paris (FR), em outubro.
“Independentemente do tamanho de cada edição, o Dança em Trânsito se mantém, ao longo de todos esses anos, coerente com sua proposta de valorizar, democratizar e incentivar a dança contemporânea no país, através do intercâmbio de diferentes linguagens e origens, de forma itinerante, e sempre buscando a formação de novos públicos para a dança e as artes”, resume Giselle Tápias, diretora artística e curadora do festival criado em 2002 e que, este ano, conta com o patrocínio da ENGIE Brasil e do CCBB RJ. Além da programação de espetáculos, que passa pelo Armazém da Utopia, Casa França-Brasil, CCBB, SESC Ginástico e Teatro Cacilda Becker, o festival terá quatro residências de intercâmbio, com oficinas de criação no Sul – Entre Rios do Sul (RS), Capivari de Baixo (SC) e Alto Bela Vista (SC) – e mais uma em Paris.
A ocupação das ruas acontece no domingo de encerramento (27/8), com apresentações que começam às 11h, no Armazém da Utopia, atravessam a Orla Conde até o Museu do Amanhã e chegam, no início da noite, à Casa França-Brasil e ao CCBB. Serão, ao todo, dez espetáculos de dez artistas e companhias. Uma delas é a Ana Vitória Dança Contemporânea, com sede em Porto, Portugal, que dará seguimento à proposição Cabeça Coletiva (1974), de Lygia Clark, em que a obra é conduzida pela rua em um acontecimento performático e itinerante. A proposta é uma interação com o público, que, do Armazém Utopia até o Museu do Amanhã, será convidado a participar, colocando ou retirando objetos pessoais, como canetas, bilhetes, cigarros, embalagens etc., nos nichos que compõem a cabeça.
Dança em Trânsito
Criado em 2002, o Dança em Trânsito é um festival internacional de dança contemporânea que tem por objetivo valorizar, promover e democratizar esta expressão artística seja pelo intenso intercâmbio entre artistas e companhias do Brasil e do exterior, como também pela itinerância, percorrendo desde as grandes cidades até pequenas localidades no interior do Brasil, em teatros ou espaços públicos. Sua atuação abrange ainda residências artísticas, com oficinas de criação, e oficinas, abrindo canais para novos talentos da dança, e a formação de plateias, estimulando o interesse pelas artes e pela dança.
O festival é parte do projeto Ciudades Que Danzan, que reúne 41 cidades em diversas partes do mundo com o intuito de difundir a dança contemporânea. Desde a sua criação, o Dança em Trânsito já apresentou mais de 80 companhias de 16 países em 18 cidades de nove estados brasileiros, para um público de mais de 40 mil pessoas.
Dança em Trânsito
Espetáculos
24 de agosto, quinta, às 15h
Ouroboros (Grupo Tápias/RJ) + Equilibrium (Cia SIGA/Coreia do Sul)
25 de agosto, sexta, às 15h
O Crivo (Ateliê do Gesto/GO)
26 de agosto, sábado, às 14h
Luz no Olhar/No Tempo (Nimo Cia de Dança/ RJ)
Ingressos: Inteira R$20 e R$10 (meia)
Oficinas
23 de agosto, quarta, às 10h
Com Edmond Russo and Shlomi Tuizer (FR)
24 de agosto, às 10h
Com Flávia Tápias (BR/FR)
25 de agosto, às 10h
Com Hector Plaza & Agnes Sales (ES)
Inscrições pelo e-mail workshop.dancaemtransito@gmail.com (enviar currículo)
Ficha técnica:
Patrocínio: Engie Brasil e CCBB RJ
Direção artística e curadoria: Giselle Tápias
Assistência de direção e curadoria: Flávia Tápias
Gestão: ID 21
Direção de produção: CDPDRJ
Produção executiva: Karoli Andrade e Sonia Reinstein
Programação visual e web design: TRUQUE (www.truque.co )
Fotografia: Fernanda Vallois e Thaisa Mezzavilla
Local: Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338, Largo do Machado – Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2265-9933
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