A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do humorista Paulo Silvino, ocorrida nesta quinta-feira, dia 17 de agosto, no Rio de Janeiro. Ele tinha 78 anos e lutava contra um câncer no estômago.
O carioca Paulo Ricardo Campos Silvino era filho do comediante Silvério Silvino Neto e da pianista e professora Noêmia Campos Silvino. Cresceu nas coxias do teatro e nos bastidores da rádio e, desde cedo, demonstrou o talento artístico. Em entrevista ao projeto Memória Globo, da Rede Globo, o ator contou: “Eu nasci nisso. Com seis, sete anos de idade, frequentava os teatros de revista nos quais o papai participava. Ele contracenava com pessoas que vieram a ser meus colegas depois, como o Costinha, a Dercy Gonçalves”.
Paulo Silvino inciou a carreira no rádio, mas já na década de 1960 estreou na televisão. Trabalhou nas extintas TV Rio, TV Tupi, TV Continental e TV Excelsior. Ingressou na Rede Globo em 1966 para apresentar o humorístico Canal 0. Teve papéis de destaque em diversos programas da emissora como Faça Humor, Não Faça Guerra (1970); Uau, a Companhia (1972); Satiricom (1973); Planeta dos Homens (1976); e Viva o Gordo (1981). Em Zorra Total (1999), ficou conhecido através do personagem Severino, que popularizou o bordão “cara e crachá”. O comediante criou também outros bordões que caíram no gosto popular como “Ah, eu preciso tanto!”, “Guenta! Ele guenta!” e “Ah, aí tem!”.
Paulo Silvino passou ainda pelo SBT, onde atuou na Praça É Nossa e na Escolinha do Golias; e pela Record, na Escolinha do Barulho. No cinema, participou de Um Edifício Chamado 200, Com a Cama na Cabeça, O Rei da Pilantragem, Minha Sogra É da Polícia e Sherlock de Araque. Ele também compôs e interpretou músicas. No início de sua trajetória artística, aos 20 anos e usando o nome de Silvino Júnior, lançou o LP Nova Geração em Ritmo de Samba , ao lado de Altamiro Carrilho, Durval Ferreira e Eumir Deodato.