A companhia Nós No Bambu apresenta a segunda temporada do espetáculo Mar sem Beira, no Teatro Funarte Plínio Marcos, em Brasília (DF), de 28 de setembro a 8 de outubro. Conhecida por sua poética singular, a dança acrobática em instrumentos artesanais de bambu, a companhia brasiliense traz aos palcos artistas circenses com tripés de bambu – fórmula sucinta que dá origem a uma diversidade de imaginários e usos, incluindo acrobacia, manipulação e formas animadas. O espetáculo terá oito sessões. No domingo, 8 de outubro, a companhia oferece uma sessão matinê para o público infantil. Mar sem Beira estreou em maio de 2017 e, depois do sucesso no Festival Internacional SESC de Circo – CIRCOS (SP), um dos mais importantes do país, reestreia na capital federal.
Mar sem Beira conta a história de dois seres diferentes entre si, cada um em uma viagem singular. Em tempos de extremismos e conflitos territoriais, o espetáculo traz à cena indivíduos livres, que navegam sem fronteiras e levam em seus alforjes as experiências e recordações de várias terras, que os tornam seres etnicamente híbridos. A montagem celebra a possibilidade de vencer as fronteiras para encontrar, no diferente, a semelhança que une.
O espetáculo é o quinto da Cia Nós No Bambu. A direção é de Fernando Villar, multiartista, docente da Universidade de Brasília (UNB), e pesquisador com vasta experiência na interdisciplinaridade entre linguagens. Em Mar sem Beira, as fronteiras entre circo, teatro e dança são líquidas. A dramaturgia e as coreografias do espetáculo foram criadas de forma cooperativa entre Villar e os intérpretes criadores. O elenco é composto por Poema Mühlenberg, 38 anos, cofundadora de Nós No Bambu e Jackson Prado, 29 anos.
Mar sem Beira tem trilha sonora original dirigida, composta e executada por Samuel Mota, figurinos de Maria Carmen, iluminação de Emmanuel Queiroz e cenografia de Marcelo Rio Branco, plenamente intercomplementares. Na trilha, estão unidas sonoridades repletas de diversidade cultural. São paisagens musicais afrobrasileiras, latinas, que viajam por oceanos, florestas, desertos e oásis, ocidente e oriente. A produção executiva e criativa é de Liane Mühlenberg.
Sobre a Cia Nós No Bambu
Corpos, bambus e movimento: assim nasceu a Cia Nós No Bambu. Sua poética inovadora é resultado de duas linhas de pesquisa continuada: o bambu e suas características, a investigação de soluções construtivas e a criação de esculturas artesanais de bambu, e; formas de interação cênica com estas esculturas, com foco em dança e acrobacia. Os artistas da companhia aprendem a lidar com o desafio constante da adaptação de tato e força ao bambu, um material natural suscetível às variações climáticas.
Nós No Bambu conta quatorze anos de amadurecimento na arte corpo bambu. Suas atividades têm origem no desdobramento artístico do Sistema Integral Bambu, criado pelo professor de Educação Física Marcelo Rio Branco, de Brasília (DF). Assim, surge a dança acrobática em esculturas artesanais de bambu, expressão inovadora contextualizada no abrangente Circo Novo. O repertório da companhia soma cinco espetáculos, além de diversas performances e números.
Em 2008, Nós No Bambu levou ao grande público Uirapuru Bambu – espetáculo performático. Em 2010, estreou ULTRAPASSA!, inspirado nas provas de corrida de aventura. Em 2012, nasceu Desdobrar, montagem que originou o curta-metragem Desdobráveis. TEIA (paralaxes do imaginário) nasceu de intenso intercâmbio com artistas europeus. O quinto espetáculo, Mar sem Beira prova como a arte corpo bambu é um vasto campo de inovação e renovação.
O bambu, material que inspira e sustenta a Cia Nós No Bambu, dá origem à uma arte sustentável, por ser uma matéria-prima renovável de rápido crescimento e baixo impacto ambiental. Esta gramínea é uma verdadeira amiga da humanidade em seu desenvolvimento, graças às suas características propícias a incontáveis aplicações. Nós No Bambu a coloca em cena como metáfora de uma relação de harmonia possível entre os humanos e o Planeta Terra.
Ficha técnica:
NAVEGANTES
Direção artística: Fernando Villar
Intérpretes criadores: Jackson Prado e Poema Mühlenberg
Composição coreográfica: Intérpretes criadores e Fernando Villar
Colaboração coreográfica em Capoesia: Ana Flávia Almeida, Raphael Logam e Victor Abrão
Dramaturgia: Fernando Villar e Intérpretes Criadores
Assistente de direção: Poema Mühlenberg
Assistente de diretor: Igor Staveland
Cenografia (concepção original do aparelho): Marcelo Rio Branco
Projeto de sistema de segurança da cenografia: Vitor Marçal
Cenotecnia: Flávia Santana, Jackson Prado, Jozimar Marinho e Poema Mühlenberg
Direção musical / Trilha Sonora Original / Músico: Samuel Mota
Voz em Capoesia: Poema Mühlenberg
Assobios em Sete Folhas: Jackson Prado
Gravação, mixagem e masterização: Samuel Mota / Zarabatana Records
Iluminação: Emmanuel Queiroz/ Trupe do Cerrado
Figurino: Maria Carmen
Costureira: Ester Ponte
Operador de Luz: Emmanuel Queiroz
Técnico de Segurança do Trabalho: Sergio Costa
Identidade Visual: Poema Mühlenberg
Programação Visual: Ricardo Caldeira
Fotografia de Divulgação: Daniel Lavenère
Produção Audiovisual: Alessandra Tótoli
Direção de Produção: Poema Mühlenberg
Produção Executiva: Liane Mühlenberg
Chancela: Integral Bambu
Co-produção: Galpão Bambu
Realização: Instituto de Pesquisa, Ação e Mobilização – IPAM
Serviço:
Mar sem Beira
Com a Cia Nós No Bambu
Datas:
28, 29 e 30 de setembro, às 20h
1º de outubro, às 19h
5, 6 e 7 de outubro, às 20h
8 de outubro, às 16h (matinê infantil)
Local: Teatro Funarte Plínio Marcos
Eixo Monumental – Setor de Divulgação Cultural, Lt 2
Classificação indicativa: Livre
Ingressos R$ 20 e R$ 10 (meia)
Vendas na bilheteria do teatro, no dia do espetáculo, a partir das 16h.
Contatos:
instagram: @nosnobambu
tweeter: @nosnobambu