Funarte recebe a cultura de matriz africana no RJ

De 1º a 26 de novembro a Ocupação Diálogos, contemplada pela Funarte no edital de ocupação do Teatro Cacilda Becker, apresenta no espaço, no Largo do Machado, Zona Sul do Rio de Janeiro, um programa com atividades de dança e diversas outras expressões de arte. Os ingressos têm entrada franca, ou são por contribuição voluntária, ou preços populares.

A ocupação Diálogos

Marcada para novembro por ser este o mês comemorativo da consciência negra, a programação promove diálogos “corporais e verbais”, através de espetáculos de dança e performance, apresentação musical dançante, mostra de artes visuais permanente, oficinas, mesa-redonda, projeção de filme com debate e show musical. A ocupação está em cartaz de quarta-feira a domingo.

O intuito do projeto é valorizar e fortalecer a memória, a diversidade e os novos caminhos da cultura brasileira; debater e questionar temas relevantes da sociedade contemporânea; dar espaço a novas produções culturais e a novas formas de fazer arte “pensando na tradição como algo vivo e em constante movimento e transformação”.

Laura de Castro idealizadora do projeto, realizado em parceria com a produtora mineira Lazuli Cultura, considera que a ocupação é uma oportunidade para que se estimule o encontro de pensadores, questionadores e artistas, de diferentes gerações, que se ocupam da cultura brasileira de matriz africana e indígena; e de seus encontros com a cultura européia.

O Teatro Cacilda Becker é um equipamento cultural da Fundação Nacional de Artes – Funarte direcionado à dança e a atividades a ela ligadas.

Ocupação Diálogos
De 1º a 26 de novembro, de quarta-feira a domingo

Teatro Cacilda Becker

Rua do Catete, 338 – Largo do Machado
Telefone: 21 – 2265-9933
O espaço tem recursos de acessibilidade para cadeirantes

Projeto contemplado pela Funarte no Edital de Ocupação do Teatro Cacilda Becker

Próximas atrações

17 de novembro – sexta-feira, às 20h
DANÇA
O Guardião

Espetáculo

A peça de dança mostra um sábio africano, um “palhaço afro-Sagrado”. No trabalho, pretende-se evidenciar questões relacionadas à identidade do negro e buscar onde se possa reconhecer e buscar diferentes caminhos, dentro de uma arte que “compreende aquele que atua”, agente e ao mesmo tempo crítico de uma sociedade “em franca transformação’. O solo com Diomar Nascimento, concebido por ele, tem por base a arte da dança integrada à do teatro, à da música e da artes visuais (através da fotografia).

Ficha técnica
Criaçãoe atuação: Diomar Nascimento. Coreografia: Sundari e Diomar Nascimento. Direção: José Dantas (Coletivo In-Comum)

Duração: 50 min
Classificação etária livre
Ingressos: R$ 20. Meia-entrada, R$ 10
Oficina – Ação Performática

18 de novembro – sábado, às 14h

Bonde

Inspirada no processo de criação do espetáculo Bonde do coletivo Assalta, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UniRio), a oficina com ação performática tem a intenção de abrir espaço para que outros artistas e interessados nas artes do corpo possam contribuir com suas potências numa troca mútua. A partir do material gerado será realizada uma ação no entorno do teatro.

Classificação etária: 18 anos
Entrada franca com possível contribuição consciente (voluntária)
Duração: 2h

Cine-debate – projeção de filme
18 de novembro – sábado, às 17h
Doces sonhos

Abandonando a posição de objeto para (re)tomar o seu lugar de locutor-narrador de sua própriavivência, o documentário ficcional aborda a relação de mãe e filho e as dificuldades de subsistência de famílias pretas periféricasgeográfica ou social. Com relatos de mulheres-mães-pretas das favelas da Maré que contam suas histórias de posicionamento, resistência e perdas. (Re)construindo uma narrativa anacrônica, familiar a todos os povos pertencentes à diáspora negra. Com participação dos diretores Macário Silva eArthur Pereira

Duração: 1h30
Classificação etária: 14 anos
Entrada franca, com possível contribuição consciente (voluntária)

Performance
Bonde
18 de novembro – sábado, às 20h

A pesquisa em processo de Bonde (título provisório) partiu de um interesse ético e estético nos bailes funk de corredor, muito presente nos momentos de lazer da juventude suburbana carioca da década de 1990. “Criamos situações coreográficas em que escolhemos re-existir achando no ‘espaço entre’ a oportunidade para desenvolver um corpo inspirado na ginga herdada pela diáspora africana no Brasil. Este corpo reage a uma perturbação ou impedimento através do desvio/esquiva e cria oportunidade de uma nova invenção, abrindo espaço, gingando na fresta”, dizem criadores intérpretes Beatriz Galhardo, Karoll Silva, Marjory Leonardo e Thiago de Souza. Thiago de Souza conduz a criação.

Duração:40min
Classificação  etária: 18 anos
Ingressos: R$ 20. Meia-entrada: R$ 10

Dança/teatro
Oficina
19 de novembro , domingo, às 15h
Processo de criação do Trabalho O Guardião

Aula investigativa e de experimentação consistirá em desenvolver com exercícios, dentro dos processos da biomecânica do movimento, para “a construção de um corpo presente na cena”. Destinada a atores criadores que se interessem pelo universo da matriz africana.

Ministrante: Diomar Nascimento
Duração:2h
Classificação etária: Livre
Ingressos: Entrada franca e/ou contribuição consciente (voluntária)

Música
Show
19 de novembro – domingo
Clara Anastácia

A cantora lança seu primeiro álbum, Útero Gatilho em novembro e, para comemorar, apresenta o show de lançamento do clipe  Anastácia”. “A cantora traz um som autêntico, marcando sua chegada no cenário da música independente brasileira.
Acompanhamento musical: Guitarra: João Werneck. Baixo: Gustavo Muniz. Bateria: Leonardo Dias

Duração: 1h30
Classificação etária: Livre
Ingressos: R$ 20. Meia-entrada: R$ 10

1,8, 15 e 22 de novembro (quartas-feiras) das 19h às 21h30
Música
Jam session dançante

Bailabaila Uma grande banda performática cria música dançante na hora, contando com improvisação dirigida, com o som que vai do candomblé à raga indiana; do axé ao “free jazz” passeando pelo funk, pela salsa e pelo hip-hop. “Além de todos os ritmos e danças que ainda não existem”.  Concepção e coordenação Taiyo Jean Omura
Classificação etária: livre

Entrada franca ou contribuição consciente (a critério do espectador)
Duração: 2h30

De 1º a  26 de novembro – de quarta-feira a domingo, a partir das 19h
Artes visuais

Exposição permanente
O Preto no Espaço


Pedro Pessanha, responsável pela concepção é um estudante de artes visuais que procura identificar a cor preta no espaço e retratá-la, “tanto como forma no papel, como quanto identidade no mundo”. O artista investiga o que é característico e específico no ser negro hoje; e o que é “contínuo e circular” nesta condição – sempre a partir de uma pesquisa visual.
Classificação etária livre
Entrada franca

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Para mais informações sobre o projeto e atualizações dos seus eventos, acesse:
https://www.facebook.com/ocupacaodialogos/