Fim de semana no Rio tem teatro, dança, música e debate

O Projeto de Ocupação 3º Sinal traz para o Teatro Dulcina, na Cinelândia, o espetáculo teatral Há mais futuro que passado, um documentário de ficção. Com direção de Daniele Avila Small e dramaturgia de Clarisse Zarvos e Mariana Barcelos, a peça é realizada por uma equipe liderada por mulheres em todas as funções criativas. O espetáculo foca na vida e obra de importantes artistas latino-americanas dos anos 60, 70 e 80, cujo legado não chegou ao grande público, a partir de uma pesquisa histórica de fatos reais, obras e experiências delas. A peça faz uma crítica à história oficial, ao poder que as narrativas da “verdade” têm sobre a visão que temos do mundo e sobre os lugares que nele ocupamos. No elenco, Clarisse Zarvos, Cris Larin, Tainah Longras, com participação em vídeo de Carolina Virgüez. Sábado e domingo, 18 e 19 de novembro, às 19h. Duração: 50 minutos. Ingressos: R$30 e R$15 (meia).

Também no Dulcina, o infanto-juvenil Jogo (circo), com o grupo Bando de Palhaços. Em cena, o universo dos esportes é apresentado a partir do olhar e da lógica particular dos palhaços. Uma prova de natação iniciada em uma piscina que se transforma no fundo do mar, habitado por sereias, peixes e até tubarões; uma luta que mistura boxe com karatê e acaba em dança; uma partida de golfe na qual a bola ganha vida e se desespera com a perspectiva de ser atingida pelo taco do jogador são algumas das situações vividas pelos palhaços Lola (Ana Carolina Sauwen); Arlindo Ovelha (Matheus Lima) e Custódio (Tiago Quites). Concepção, dramaturgia e atuação de Ana Carolina Sauwen, Matheus Lima, Tiago Quites/ Camila Nhary. Direção Musical: Zé Luiz Rinaldi. Sábado e domingo, 18 e 19 de novembro, às 16h. Duração: 60 minutos. Ingressos: R$30 e R$15 (meia).

No Teatro Glauce Rocha, no Largo da Carioca, Centro do Rio, tem estreia de Utopia D, sábado, dia 18, às 19 horas. Baseada no texto de Thomas More, publicado em 1516, a peça parte do texto do século XVI contraposto a fatos dos séculos XX e XXI, refletindo sobre possibilidades da vida em sociedade, do sentido e necessidade da repressão como mola mestra das condutas humanas. A proposta da direção é encenar um espetáculo contundente e bem humorado, com forte comunicação entre palco-plateia, tornando viável uma discussão, a princípio, de difícil realização. A direção e dramaturgia são de Moacir Chaves. Com Josie Antello e Julio Adrião. Sábado e domingo, 18 e 19 de novembro, às 19h. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia).

No Teatro Cacilda Becker, no Largo do Machado, Zona Sul do Rio, a Ocupação Diálogos celebra o mês da Consciência Negra, com uma programação diversificada em suas linguagens artísticas, promovendo o encontro de artistas de diferentes gerações, pensadores e questionadores da dança e da cultura brasileira de matriz africana e indígena, e seus encontros com a cultura europeia.

No dia 18, sábado, o espetáculo Bonde parte do interesse ético e estético nos bailes funk de corredor, muito presente nos momentos de lazer da juventude suburbana carioca da década de 90. São situações coreográficas em que se fez a escolha de re- existir achando no “espaço entre” a oportunidade para desenvolver um corpo inspirado na ginga herdada pela diáspora africana no Brasil. Criação e interpretação de Beatriz Galhardo, Karoll Silva, Marjory Leonardo e Thiago de Souza. Condução da criação a cargo de Thiago de Souza. Sábado, 18 de novembro, às 20h. Classificação indicativa: 18 anos. Ingressos: R$20 e R$10 (meia).

Também no sábado, o Cacilda Becker realiza o Cine Debate sobre o filme Doces Sonhos. Abandonando a posição de objeto para (re)tomar o seu lugar de locutor-narrador de sua própria vivência, o documentário ficcional aborda a relação de mãe e filho e as dificuldades de subsistência de famílias pretas periféricas geográfica ou social. Com relatos de mulheres-mães-pretas das favelas da Maré que contam suas histórias de posicionamento, resistência e perdas. (Re)construindo uma narrativa anacrônica, familiar a todos os povos pertencentes à diáspora negra. Com participação dos diretores Macário Silva e  Arthur Pereira. Sábado, 18 de novembro, 17h. Duração: 1h30. Classificação Indicativa: 14 anos.

No domingo, 19, a cantora Clara Anastácia lança seu primeiro álbum Útero Gatilho, com o show de lançamento do clipe “Anastácia”, marcando sua chegada no cenário da música independente brasileira. Com acompanhamento de João Werneck, guitarra; Gustavo Muniz, baixo e Leonardo Dias, bateria. Domingo, 19 de novembro, às 19h30. Classificação Indicativa: Livre. Ingressos: R$20 e R$10 (meia).


Programação

Teatro Dulcina

. Há mais futuro que passado, um documentário de ficção
Sábado e domingo, às 19h

. Jogo (circo)
Sábado e domingo, às 16h


Teatro Glauce Rocha

. Utopia D
Sábado e domingo, às 19h

Teatro Cacilda Becker
. Bonde
Sábado, 18 de novembro, às 20h.

. Cine DebateDoces Sonhos
Sábado, 18 de novembro, às 17h.

. Show da cantora Clara Anastácia
Lançamento do álbum Útero Gatilho.
Domingo, 19 de novembro, às 19h30.

Endereços:

Teatro Dulcina
Rua Alcindo Guanabara, 17 – Cinelândia, Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2240-4879

Teatro Glauce Rocha
Av. Rio Branco, 179 – Centro, Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2220-0259

Teatro Cacilda Becker
Rua do Catete, 338 – Largo do Machado, Rio de Janeiro (RJ)
(21) 2265-9933

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