Divulgado o resultado do Ibermúsicas 2017

O Programa de Fomento das Músicas Ibero-Americanas – Ibermúsicas divulgou nesta terça-feira, 21 de novembro, os projetos selecionados na convocatória deste ano. De acordo com o Centro da Música da Funarte, que representa o Brasil no programa, nesta edição foram selecionados 14 artistas, três festivais e duas instituições brasileiras para realizar turnês e residências artísticas nos próximos meses, em países como Chile, México, Paraguai e Cuba.

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O diretor do Centro da Música (Cemus) da Funarte, Marcos Souza, destaca a importância de divulgar no país os nomes dos artistas contemplados para que muitos outros possam concorrer em 2018. Souza foi um dos líderes que participou da reunião no Chile, em meados de novembro, quando foi feita a seleção dos projetos e discutida a edição do ano que vem.

“Essa aproximação do Brasil com o programa é fundamental porque, além das residências em si, várias ideias surgiram para melhorar as trocas entre os países da América Latina. Levantei a questão da música e cidadania, por exemplo, e todos decidiram que será o tema de 2018”, adianta Souza. Ele também sugeriu que os músicos escolhidos organizem oficinas para deixar um legado nas cidades por onde passarem.

Este ano, o Brasil está investindo U$S 91.278 mil, em quatro linhas de ajuda: turnês; festivais e encontros; a compositores para residências artísticas; e a instituições para oferecerem residências artísticas a compositores.

Outros dez países – Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai – financiam o programa, que busca criar uma interação permanente entre músicos, produtores e curadores brasileiros com músicos, produtores e curadores da América Latina, através de diferentes modalidades de fomento, tais como o apoio a festivais, residências artísticas, espetáculos musicais, difusão e produção da obra dos compositores e formação de plateia.

O diretor do Cemus ressalta também que o contato com outros especialistas foi tão produtivo que quatro deles trarão as suas experiências à Bienal da Música e Cidadania, a ser realizada entre 14 e 16 de dezembro, na Funarte MG, em Belo Horizonte. Entre os convidados estão Gabriel Goñi Dondi, atual presidente do Ibermúsicas, da Costa Rica; Ariel Britos, do Uruguai; Fabiola Figueroa Cardenas, do Peru; e Fernando Javier Tomasenia, da Argentina.

“Existem muitos trabalhos musicais importantes com esse viés da cidadania. Cada um desenvolve ações e pesquisas valiosas, mas que não se conectam. A ideia da Bienal é reunir e articular vários projetos de sucesso, num encontro de três dias. A meta principal é a troca de ideias e a constituição de uma rede integrada”, afirma Marcos Souza.

Destinado a equipes de projetos sociomusicais, gestores públicos da Cultura e da Educação e professores da rede pública, o evento se propõe a buscar uma forma de atuação sinérgica, uma conjunção de esforços que potencialize as ações e as fertilize mutuamente. Os participantes terão oportunidade de compartilhar experiências, identificar necessidades comuns aos projetos, refletir sobre sua ação no fortalecimento da cidadania e levantar possibilidades de ação conjunta, de intercâmbio solidário entre projetos.

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