No dia 27 de julho, sexta, às 20h, o grupo instrumental Ôctôctô apresenta-se na Sala Guiomar Novaes do Complexo Cultural Funarte SP. Contemplado no Edital de Espetáculos de Artes Cênicas e Música 2018, o grupo toca obras inéditas do disco autoral OITO, que celebra seus dez anos de trajetória. Os ingressos têm preços populares.
O octeto foi criado em 2008 por alunos do curso de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP, já com a configuração atual: flauta, saxofones, trompete, trombone, guitarra, contrabaixo, piano e bateria. O primeiro álbum foi lançado em 2011. O trabalho, na definição do saxofonista Luís Santiago Málaga, nasceu do diálogo entre a música popular brasileira e a música erudita.
O disco é formado por composições diversas, algumas claramente inspiradas na musicalidade popular da América do Sul. Aguyje, por exemplo, é uma polca paraguaia. Pancho y Luna soa como um tango argentino, especialmente pela participação de Toninho Ferragutti no acordeom. Também há referências ao universo musical nordestino em Querença; ao choro, em Contemplativo; e ao maxixe, na faixa Atribulado. Já 2013 procura discutir sonoramente o momento político do Brasil, remontando às manifestações populares que aconteceram a partir desse ano. A música remete às vozes na rua, ao bater das panelas, às denúncias, às prisões e às dúvidas. Duas outras composições, Bodas de Papel e Esquina do Zebrinha (uma quase marcha-rancho), completam o disco com uma atmosfera mais reflexiva e romântica.
O guitarrista, compositor e arranjador Yuri Prado vê o novo disco como “um marco da maturidade em relação ao trabalho anterior, especialmente no tocante à escrita dos arranjos”. “O álbum traz um número maior de compositores, como o guitarrista Luís Santiago Málaga, o pianista Márcio Modesto e o baixista Miguel Antar, além de Julio Valverde, Valéria Schwarz e Pedro Martinez, sempre com arranjos de membros do grupo. Acho que atingimos uma plena consciência de nossa identidade sonora, um equilíbrio entre a música popular e a música de concerto”, explica Prado.
As composições refletem a formação dos integrantes de Ôctôctô. O guitarrista Yuri Prado aproxima-se do samba, em especial dos enredos da escola Império Serrano, presentes em Suíte Serrana. Yuri foi o primeiro colocado na Bienal Jazz Sinfônica com a música Pancho y Luna, faixa de abertura do seu novo álbum. Luís Santiago Málaga transita pelo jazz, enquanto o pianista Márcio Modesto traz os elementos do choro.
Edital de Espetáculos de Artes Cênicas e Música 2018
Sala Guiomar Novaes – Complexo Cultural Funarte SP
(Alameda Nothmann, 1058, Campos Elíseos, São Paulo, SP)
Show: Ôctôctô
Dia 27 de julho. Sexta, às 20h.
Ingressos: R$ 20 (meia-entrada: R$ 10) – Cartões não são aceitos
A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo.
Duração: 65 minutos. Classificação indicativa: livre
Ficha técnica
Cibele Palopoli (flauta) | Yuri Prado (guitarra) | Luís Santiago Málaga (saxofones) | Márcio Modesto (piano) | Felipe Roque (trompete) | Miguel Antar (baixo) | Edinaldo dos Santos (trombone) | Rubens de Oliveira (bateria e percussão).
Mais informações:
(11) 3662-5177
(11) 3822-5671 (bilheteria – abre uma hora antes do espetáculo)
funartesp@gmail.com