Ator, diretor e roteirista, Joel Dias Barcellos, ou simplesmente Joel Barcelos, como era conhecido no meio artístico, morreu sábado, dia 10 de novembro, em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, estado do Rio, onde morava com a família. Joel tinha 81 anos e havia sofrido dois AVCs nos últimos dois anos.
Amigo de Joel, o presidente da Fundação Nacional de Artes – Funarte, o também ator Stepan Nercessian, que trabalhou com ele na segunda versão da novela Mulheres de Areia, da TV Globo, em 1993, destacou a parceria entre os dois: “Joel Barcelos foi um amigo, pai de família e artista fora do comum. Ele teve um trabalho marcante no cinema brasileiro. Que Deus o tenha, pescador Joel.”
Joel Barcelos era capixaba, mas se mudou para o Rio de Janeiro ainda na infância, aos três anos de idade. Nos tempos da faculdade – cursava Agronomia – participou do Teatro Rural dos Estudantes. A estreia nos palcos foi no Teatro de Arena em Eles Não Usam Black-Tie, de Giafrancesco Guarnieri. Mas foi no cinema que se destacou. O primeiro filme, Trabalhou bem, Genival!, foi em 1955. Depois, atuou em importantes produções, como Cinco Vezes Favela (1962), Os Fuzis (1964) e A Falecida (1965), entre outras.
Em 1969, durante a ditadura militar, se exilou na Itália e só retornou ao Brasil em 1975. Entre seus últimos trabalhos, ainda no cinema, estão O Homem Nu (1997) e o média-metragem A Dama do Estácio (2012).