A Fundação Nacional de Artes – Funarte, por meio de seu Centro da Música, lamenta o falecimento do guitarrista e compositor Dino Rangel. Com 54 anos, considerado exímio instrumentista, principalmente de jazz, que tocava em “estilo brasileiro’, ele morreu no dia 27 de fevereiro de 2019, quarta-feira, de infarto.
Nascido em Niterói, no dia 6 de abril de 1964, Osvaldino Rangel confirmava a influência de mestres brasileiros das cordas, como o Hélio Delmiro, por exemplo. Estudou nos Estados Unidos, com guitarristas de jazz. Mas, sempre ligado ás raízes brasileiras, em 1991, entrou para o grupo Brasilianas, onde tocava músicas no ritmo norte-americano, com clara influência da música do Brasil. Seu primeiro álbum solo foi Café (1998). Gravado entre 1996 e 1997, o trabalho apresentou obras autorais e arranjos do artista.
Considerado pela crítica e pela comunidade musical brasileira como guitarrista de técnica extraordinária, Dino Rangel vivia em viagens entre o Brasil e o exterior – o que é retratado em seu segundo disco, Partir… Voltar (2008), que reúne obras com ritmos nacionais de compositores brasileiros, como Tom Jobim e Guinga, entre outros – mas com jeito jazzístico de tocar. Sua técnica e singularidade o levaram o músico a alcançar amplo reconhecimento. A partir dos anos 2010, além de tocar, o artista passou a transmitir um pouco dessas qualidades a seus alunos, através de oficinas de guitarra.
A perda de Dino Rangel foi muito lamentado nas redes sociais. “Foi um dos maiores guitarristas do Brasil”, informa o Centro da Música da Funarte.