Funarte lamenta com pesar a morte da atriz Ruth de Souza

Ruth de Souza, em 'Xica da Silva', de Antonio Callado - Foto: acervo do Centro de Documentação e Informação – Cedoc, da Funarte

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte da grande atriz Ruth de Souza, de 98 anos, que morreu neste domingo, 28 de julho, em decorrência de complicações de uma pneumonia. Ela estava internada no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

Ruth participou, decisivamente, da história brasileira do teatro, cinema e televisão. Durante toda a sua longa carreira, a atriz teve atuação decisiva para o reconhecimento do artista negro no Brasil. Ruth de Souza foi a primeira atriz negra a subir no palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, encenando a peça O Imperador Jones, do dramaturgo americano Eugene O’Neill, em 1945. Ela foi, também, a primeira atriz no Teatro Experimental do Negro, fundado e dirigido por Abdias do Nascimento.

Em 1948, estreou no cinema com o filme Terra Violenta, adaptação do romance Terra sem Fim, de Jorge Amado. No ano de 1959, por sua atuação marcante no espetáculo Oração para uma Negra, de William Faulkner, ganhou uma bolsa de estudos para aprofundar seus conhecimentos na Fundação Rockefeller, nos Estados Unidos da América (EUA), com a duração de um ano. A indicação para esta viagem de Ruth foi uma iniciativa do ator, poeta, teatrólogo e diplomata brasileiro, Paschoal Carlos Magno.

O tempo que passou nos EUA fez com que Ruth de Souza voltasse mais consciente, vendo que os negros norte-americanos se mobilizavam na luta por direitos civis.

Na Rede Globo, trabalhou nas novelas A Cabana de Pai Tomás, O Rebu, Os Ossos do Barão, entre outras. Milhares de fãs acompanharam a consagrada trajetória da carreira de Ruth Pinto de Souza.

O corpo da atriz está sendo velado, hoje, dia 29 de julho, desde 8h, no Theatro Municipal, no Centro do Rio de Janeiro. O sepultamento será na parte da tarde, no Cemitério da Penitência, no Caju, em cerimônia reservada a familiares e amigos mais próximos.

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