Documentário da Funarte conta a história da Bienal de Música Brasileira Contemporânea

XXI Bienal de Musica - 2015. Foto: S. Castellano - Funarte

A Fundação Nacional de Artes – Funarte disponibiliza em seu portal um documentário inédito sobre a história de seu mais duradouro programa: a Bienal de Música Brasileira Contemporânea. Realizado pela instituição continuamente desde 1981, o evento tem sua história contada por meio dos depoimentos de protagonistas de sua trajetória: de personagens decisivos para a criação da Bienal, como o maestro Edino Krieger e a empresária Myrian Dauelsberg, até músicos participantes, como os compositores Pauxy Gentil-Nunes e Ricardo Tacuchian (autor da obra que abriu a primeira edição) e a regente Danielly Souza.

Completam o time de entrevistados o coordenador de música de concerto da Funarte, José Schiller, e o antigo ocupante do cargo, o musicólogo Flavio Silva – a quem o vídeo é dedicado. Falecido no último dia 10 de outubro, aos 80 anos, Flavio participou diretamente da produção do evento desde a década de 1980, em muitas edições liderando a equipe de produção.

Com duração aproximada de 23 minutos, o documentário Bienal de Música Brasileira Contemporânea, produzido pela Coordenação de Difusão e Pesquisa da Funarte, relembra a primeira edição do programa, em 1975, ainda como uma iniciativa da Sala Cecília Meirelles, que por sua vez dava prosseguimento aos Festivais de Música da Guanabara – realizados em 1969 e 70, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, a partir da proposta original de Edino Krieger. Em 1975, quando o projeto ganhou o formato de bienal e passou a ser realizado na Sala Cecília Meirelles, o maestro passou a batuta à então diretora do espaço, a pianista Myrian Dauelsberg. Coube ainda a Krieger transferir a realização da Bienal para a Funarte em 1981, quando assumiu a direção do Instituto Nacional de Música – como era chamado o atual Centro de Música da fundação.

Além das memórias e impressões dos sete personagens, o documentário Bienal de Música Brasileira Contemporânea traz ainda itens do acervo do Centro de Documentação e Pesquisa (Cedoc) – Funarte, tais como fotografias e reproduções de antigos programas impressos dos concertos e arquivos de áudio, com trechos de gravações de antigas Bienais. “Esse é o evento mais longo talvez da esfera das expressões artísticas do Brasil, fora a Bienal de Artes Plásticas de São Paulo”, afirma o coordenador de música de concerto da Funarte, José Schiller – antes de listar números das 22 edições de Bienal realizadas até hoje. “Ela contemplou 1.800 obras. Mais da metade dessas obras foram estreias, primeiras audições, de 471 compositores”, contabiliza o maestro e pesquisador. Ele participou do vídeo não só como entrevistado, mas também conduzindo as entrevistas, lado a lado com o Coordenador de Difusão e Pesquisa da Funarte, Pedro Paulo Malta.

O documentário Bienal de Música Brasileira Contemporânea pode ser visto pelos internautas tanto no portal da Funarte, quanto entre os vídeos da fundação em sua na página oficial no YouTube.

A XXIII Bienal de Música Brasileira Contemporânea estreou no dia 10 de novembro, às 10h30, no Centro de Artes da UFF, em Icaraí, Niterói, com ingressos a R$ 10. A Bienal prestou homenagem especial póstuma ao musicólogo Flávio Silva.

Texto: Codip – Funarte. Edição: Ascom – Funarte

Assista o documentário abaixo

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *