Foi apresentado um projeto de revitalização dos espaços da Funarte em quatro estados
Fizeram parte da agenda encontros com o Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de MG e com jornalistas, na capital, em Congonhas e em Ouro Preto, onde a Funarte planeja realizar ações
Em roteiro de visitas a algumas cidades de Minas Gerais, o presidente da Fundação Nacional de Artes, maestro Dante Mantovani, conheceu os espaços culturais e sede da Funarte MG, em Belo Horizonte, onde também participou reuniões, no dia 18 de dezembro.
Acompanhado pelo diretor executivo da Fundação, Leônidas de Oliveira, o presidente disse que pretende imprimir uma gestão direcionada a resultados práticos para a população, que contribuam para melhoria de vida do cidadão. Esse novo foco da Funarte foi o eixo central das reuniões. “Teatro, música, artes visuais devem fazer parte do cotidiano das nossas cidades. Além disso, a formação de público, de artistas deve ser tema central nas políticas da instituição, bem como a requalificação dos nossos espaços, hoje em total estado de degradação – meta a ser atingida já em 2020”, comentou o presidente. Os gestores foram recebidos pelo coordenador da Representação Regional, Maurício Canguçu.
Além de Belo Horizonte, a comitiva da Funarte também visitou as cidades históricas de Congonhas e Ouro Preto. A Funarte pretende realizar projetos em parceria com o Iphan e outros órgãos, em espaços históricos de várias cidades do Brasil.
Funarte quer descentralizar a atividade artística das grandes cidades
Nos diálogos foram traçados alguns objetivos a serem alcançados pela Fundação no Estado de Minas Gerais – como parte de uma política nacional – destacando-se a riqueza cultural do estado. Dentre as metas está a criação de orquestras sociais em municípios. O alvo é difundir conhecimento musical e o apreço pela música de concerto, além de outros projetos que envolvam outras artes. No diálogo, argumentou-se que é indispensável a descentralização das atividades da Fundação das capitais para o interior – principalmente para regiões que apresentam potencialidades de crescimento e necessidade de inclusão social. Como exemplo em MG, foi citado o Vale do Jequitinhonha, que apresenta diversidade e identidade culturais reconhecidas, com vasto patrimônio de memória da cultura local, que podem ser muito aproveitado. Foi citada a arte em cerâmica como fonte de renda para as populações. Uma das sugestões foi incentivar a geração de um acervo relacionado a essa produção.
Arte que estimula a renda e a economia
“O presidente da Funarte destacou a importância de estimular nos artistas a capacitação para que aumentem suas condições de comercializar o trabalho – desenvolvendo a percepção de interesse de consumo por parte do público. Segundo Dante Mantovani, tal aperfeiçoamento permitirá que os artistas não fiquem dependentes do Estado e possam aprimorar cada vez mais profissionalmente suas habilidades de criação e produção.”
A Funarte em diálogo com a sociedade
O presidente conheceu toda a sede da Funarte MG, que inclui os galpões, nos quais acontecem as atividades artísticas. Na oportunidade, o grupo pautou a necessidade da revitalização da Regional. Dante Mantovani perguntou sobre as impressões e anseios da equipe da Funarte MG. “A fundação seguirá parâmetros técnicos e sem viés ideológico”, reafirmou o maestro.
Num encontro com o prefeito de Carmo do Cajuru, Edson de Souza Vilela, a Funarte debateu a possível criação de estações culturais em parceria com a prefeitura – por exemplo, através de grupos sinfônicos. Na reunião com o presidente do Sindicato dos Produtores de Artes Cénicas de Minas Gerais (Sinparc), Rômulo Duque. A entidade realiza a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, importante evento de difusão artística, que ocorre no estado sempre de janeiro a março. A mantendo o compromisso de apoiar a expansão do projeto.
Representantes do Teatro Kleber Junqueira, antigo Cine José, tiveram a oportunidade de reunir-se com os representantes da Funarte. Os artistas e produtores relataram o estado de destruição daquele espaço e seus equipamentos, que segundo eles, tem importância histórica e cultural. A Funarte deu sugestões para o encaminhamento do caso.
A Funarte recebeu o Prof. Dr. Leonardo Castriota, arquiteto e urbanista, da Escola Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e equipe, que apresentou um projeto para revitalização de espaços da Funarte.
A comitiva do presidente visitou também a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na edificação, observou que lá existem espaços físicos que poderiam ser aproveitados para projetos artísticos em parceria com a Funarte, bem como outras atividades culturais.
O presidente da Funarte manteve ainda agenda com produtores, artistas, prefeitos de cidades mineiras e gestores culturais, como em visita ao Palácio das Artes, onde se encontrou com a presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras, e a subsecretária de Cultura do Estado, Rute Assis, empenhado em manter parcerias com Minas Gerais para a disseminação das artes e da cultura. “Minas Gerais é um berço da cultura nacional, vamos investir aqui em diversas frentes a partir do ano que vem”, afirmou Mantovani.
O maestro também se reuniu com o Deputado Estadual Bruno Engler; com a Jornalista do Grupo Terça Livre, Fernanda Salles; e com o gerente de projetos da PUC – MG, Leonardo Pereira, e com o pároco da Igreja da Boa Viagem, Padre Marcelo, para discutir projetos de interação entre espaços históricos e de importância cultural, as artes e o mundo acadêmico.
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