Funarte lamenta morte do ator e diretor Emílio Di Biasi

Emílio Di Biasi. Crédito: Embrafilme. Divulgação

O ator e diretor Emílio Di Biasi morreu no domingo, 27/9, em São Paulo, aos 81 anos. Paulistano, nascido em 1939, estreou oficialmente nos palcos em 1961, com o Teatro Oficina, em montagem do texto José, do Parto à Sepultura, de Augusto Boal, sob direção de Antônio Abujamra. Ao lado de Abujamra, Antônio Ghigonetto, Berta Zemel, Wolney de Assis e Lauro César Muniz, fundou o Grupo Decisão, em 1963.

Com o Grupo Decisão, destacou-se, em 1964, no espetáculo O Inoportuno, de Harold Pinter, com direção de Antônio Abujamra, e também como o protagonista de O Patinho Torto, comédia satírica de Coelho Neto, dirigido por Antônio Ghigonetto. No ano seguinte, interpretou Orestes, em Electra, de Sófocles, ao lado de Glauce Rocha, também sob o comando de Abujamra.

Estreou como diretor em 1968, com Cordélia Brasil, de Antônio Bivar, montagem que tinha Norma Bengell como protagonista. Em sua carreira de diretor, destacou-se ainda com A Massagem, de Mauro Rasi, 1972; A Morta, de Oswald de Andrade, 1973; Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, 1974; Tio Vania, de Anton Tchekhov, 1975; A Moratória, de Jorge Andrade, 1976; Caixa de Sombras, de Michael Cristofer, que lhe rendeu o Prêmio Governador do Estado de melhor diretor, 1978; e Direita Volver, de Lauro César Muniz, 1985.

Em 1987, criou um espetáculo baseado nas teorias teatrais de Bob Wilson, denominado A Vida de Carlos e Carlos, obtendo prestígio da crítica. Em 1998 dirigiu os Parlapatões, Patifes & Paspalhões em ppp@WllmShkspr.br, síntese humorística de textos shakespearianos, ganhando o Prêmio Apetesp de melhor direção.

Entre os anos 1980 e 1990, Emílio fez participações no cinema, incluindo três filmes de Carlos Reichenbach. Ao longo da carreira, comandou oficinas de atores da Rede Globo, codirigindo também, na mesma emissora, novelas como Renascer e O Rei do Gado.Por sua atuação na peça Um Passeio no Bosque, de Lee Blessing, em 1999, ganhou o Prêmio Shell de melhor ator.

*Com informações do Itaú Cultural

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