Funarte inicia processo de revitalização da Escola Nacional de Circo

Alunos da Escola Nacional de Circo, da Funarte. Foto ©Micael Bergamaschi

A Fundação Nacional de Artes – Funarte vai revitalizar e aperfeiçoar a Escola Nacional de Circo Luiz Olimecha, integrante da instituição. Localizada na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a Escola é referência na América Latina em formação de artistas circenses. O primeiro passo será a manutenção da lona – de quatro mastros e 50m de comprimento. Além disso, novas parcerias estão sendo estudadas para incrementar as atividades desempenhadas no local.

Por causa de fortes ventos e chuvas que atingiram a cidade em 2020, a lona teve sua estrutura comprometida. Em julho, o Estado do Rio de Janeiro e a capital fluminense sofreram os reflexos da passagem do “ciclone-bomba”. Na ocasião, foram registradas tempestades, ventanias, ressaca do mar e queda de árvores. A remoção da lona é necessária, portanto, para garantir a segurança dos funcionários da Escola, alunos e demais usuários; e, também, para a recuperação do espaço, que precisa de revisão elétrica, entre outras melhorias.

Para o presidente da Funarte, Lamartine Holanda, revitalizar a Escola Nacional de Circo é uma prioridade. “Identificamos, fora as questões técnicas e estruturais em seu endereço, que a Escola precisa de maior atenção para poder crescer, gerando mais acesso e capacitação”, diz. “Estamos tratando dos assuntos que a envolvem com enorme dedicação. No ano que se aproxima, não vamos poupar esforços para buscar meios para modernizá-la, para atender com bem mais cuidado e eficiência todos os seus alunos – em parte, por meio de parcerias nacionais, com as quais já estamos em avançadas tratativas”, completa.

Sobre a Escola

Inaugurada em 1982 e criada pelo circense Luiz Olimecha e pelo produtor cultural Orlando Miranda – então presidente do Instituto Nacional de Artes Cênicas, incorporado à Funarte – a instituição prepara artistas profissionais para atuar em circos de lona e em diversos setores das artes e cultura. Desde 2015, o Curso Técnico em Arte Circense, oferecido pela entidade, é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC). A formação inclui quatro semestres letivos, com um total de 2.798 horas-aula.

O terreno ocupado pela Escola possui sete mil metros quadrados e abriga lona com capacidade para 1.200 espectadores. O espaço inclui galpão multifuncional de treinamentos circenses, salas de aula e de dança, auditório, espaços para musculação e fisioterapia, refeitório, oficina para confecção e conserto de aparelhos, biblioteca multimídia e salas para administração.