A Prefeitura Municipal de Jaboticatubas, em Minas Gerais (MG), inaugura, em breve, o seu novo Centro Cultural. O prédio, conhecido como saboaria, é um bem inventariado do município e manteve todas as suas características originais na restauração. Após a inauguração, prevista para o primeiro semestre de 2021, a população terá acesso a projetos ligados a dança, música, exposição e teatro. O intuito dos idealizadores é valorizar e fomentar as tradições folclóricas locais, por meio da realização também de palestras, seminários, debates, cursos e oficinas.
A execução da obra contou com recursos do Governo Federal, por meio do Ministério do Turismo, em parceria com a prefeitura de Jaboticatubas. O valor investido foi de R$ 568,8 mil.
Sobre o Centro Cultural
O Centro Cultural tem a proposta de disponibilizar à comunidade acesso à cultura e às manifestações folclóricas, tradição em Jaboticatubas. As programações serão voltadas para estimular e preservar as expressões culturais e artísticas. O local possui espaço para a realização de peças teatrais, apresentações, palestras, exposições, debates, oficinas, cursos, além de ações educativas e projetos especiais.
Com ambiente amplo e iluminação natural, o espaço oferece também acessibilidade a pessoas com deficiência. Foram projetados um camarim, sala técnica, auditório, banheiro e docas. A Banda de Música Nossa Senhora do Rosário contará com uma sala para realização dos ensaios e preservação dos instrumentos. O Centro Cultural ainda terá vista privilegiada para uma praça, que será construída como parte do conjunto arquitetônico da Igreja Nossa Senhora do Rosário.
História do prédio
Em 1942, José Carlos de Mendonça Pinto, em sociedade com José Evaristo Rodrigues e Valério Dias Duarte Filho, inauguraram a Sociedade Industrial de Jaboticatubas, uma indústria de beneficiamento do coco macaúba e primeira grande fábrica do município. O empreendimento visava a industrialização em grande escala do óleo de coco, produzido até então de forma artesanal, e se aproveitava a polpa para fazer sabão e a casca para a produção de carvão.
Com problemas financeiros, a fábrica foi vendida e entrou em declínio. Em 1985, foi vendida novamente e passou a produzir óleo, farelo de gema e polpa, funcionando também como marcenaria. Sua última atividade foi com a produção de doce de banana.
Segundo os organizadores, a abertura do Centro Cultural é um sonho antigo para a cidade e o processo de restauro e ampliação vem de outras gestões. A obra foi reinicializada em janeiro de 2019.