A Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), apresentam, na semana de 25 a 29 de janeiro, novas atrações do projeto Arte de Toda Gente. O Bossa Criativa traz o choro de Maurício Carrilho e Bia Paes Leme, apresentado por Paulo Aragão. A Orquestra Sinfônica da UFRJ realiza a estreia mundial de três obras, compostas especialmente para o Sistema Nacional das Orquestras Sociais, por Edino Krieger e Ernani Aguiar. Já o projeto Um Novo Olhar oferece parte do seu Repertório de Canto Coral, com vídeos, áudios e partituras de Marcelo Rauta.
Os três projetos compõem o Arte de Toda Gente, inciativa em parceria entre a Funarte e a UFRJ, com curadoria da Escola de Música da Universidade. As atrações estão disponíveis nos sites dos projetos (abaixo) ou no canal Arte de Toda Gente, no Youtube. Confira as novas atrações:
Bossa Criativa – Arte de Toda Gente
No dia 26 de janeiro, terça-feira, foi ao ar no site www.bossacriativa.art.br o segundo pacote de vídeos da série Casa do Choro. O primeiro é Delicada, segunda composição do módulo 8 com – Maurício Carrilho (violonista, arranjador e compositor). O segundo trabalho traz a pianista e compositora Bia Paes Leme com seu Davi no choro, como parte do módulo Furiosa Portátil. O terceiro vídeo, no módulo Princípios do Choro, trata da polca e é apresentado pelo arranjador e professor Paulo Aragão.
Músico com grande atividade, Maurício Carrilho acompanhou grandes nomes como Aracy de Almeida, Nara Leão e Elizeth Cardoso, entre muitos outros. É fundador da primeira gravadora do Brasil especializada em choro, a qual, em 2001, lançou a série Princípios do Choro, reunindo, em 15 discos preciosidades do início do século. Em 2000, fundou a Oficina de Choro, ao lado de Luciana Rabello, Celsinho Silva, Álvaro Carrilho e Pedro Amorim. É professor de Violão na Escola Portátil de Música, no Rio de Janeiro.
Paulo Aragão é considerado um dos mais destacados arranjadores brasileiros de sua geração, ao lado de nomes como Guinga, Maurício Carrilho, Nailor Proveta e Monica Salmaso; e tendo colaborado com artistas como Sergio Assad, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda. Já teve composições e arranjos tocados por muitas orquestras famosas do exterior e do Brasil. É integrante e fundador do Quarteto Maogani de Violões, com o qual já ganhou vários prêmios. É professor da Escola Portátil de Música e um dos diretores da Casa do Choro, também na capital fluminense.
Além de pianista e compositora, Bia Paes Leme é arranjadora e produtora musical. Graduada em Composição e mestra em Musicologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio). Professora com 25 anos de prática em percepção musical, participou da reestruturação do Tepem, curso de extensão da UniRio, avaliado como referência no ensino da disciplina no Rio de Janeiro. Como instrumentista, atuou no show “As Cidades”, de Chico Buarque. Fez a direção musical do show e a produção do CD e DVD “Eu me transformo em outras”, de Zélia Duncan. Leciona Harmonia na Escola Portátil de Música. Dirigiu a banda Furiosa Portátil, ao lado de outros professores.
Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)
Já está disponível no site www.sinos.art.br o Concerto Sinos nº 9, no qual a Orquestra Sinfônica da UFRJ executa a estreia mundial de três obras, compostas especialmente para o projeto. Edino Krieger se faz presente com a transcrição da Toada, escrita originalmente para violino e piano em 1956; já Ernani Aguiar contribui com Dois Lundus – obra que dá continuidade à série escrita para o que chama de “orquestra escola”. O concerto finaliza com as Três Pequenas Variações sobre “A Maré encheu”, da compositora carioca Clarice Assad – obra estruturada a partir de um conhecido tema folclórico brasileiro.
Um Novo Olhar (UNO)
No dia 28 de janeiro, quinta-feira, às 10h, no site www.umnovoolhar.art.br, serão postadas, em vídeos, áudios e partituras, as 15 Canções Capixabas, de Marcelo Rauta (1981). O trabalho é parte do Repertório de Canto Coral do projeto.
Compositor ítalo-brasileiro, nascido em 1981, ele começou a estudar piano ainda criança, num projeto social, na cidade de Anchieta (ES) e depois na antiga EMES, atual Faculdade de Música do Espírito Santo (Fames). Concluiu seus estudos na UFRJ, com os títulos de graduação e mestrado em Música – Composição; e com o doutorado em Educação Musical, pela mesma universidade. Teve obras contempladas em diversos concursos nacionais importantes. Sua obra Sonata para oboé foi premiada e foi tocada na Terceira Conferência Internacional do Departamento de Música da Universidade de La Serena (Chile). As peças de Rauta têm sido apresentadas em importantes salas de concertos brasileiras e de outros nove países, o que inclui Bienais de Música Brasileira Contemporânea da Funarte.
As 15 Canções capixabas foram compostas em 2017, a partir de músicas folclóricas brasileiras extraídas do livro 500 Canções brasileiras, de Ermelinda Azevedo Paz. O objetivo do compositor foi homenagear a cultura popular de seu estado natal, o Espírito Santo. Rauta tem recriado essas obras para diferentes formações. A série contém desde peças para coro e piano, como para orquestra de cordas, conjunto de violões e banda sinfônica; além de uma ópera infanto-juvenil. O autor utiliza melodias tipicamente capixabas, inclusive o congo tradicional do Espírito Santo, bem como ritmos de outros estados, num retrato da mistura étnica e cultural brasileira.
Texto: Marcelo Mavignier – Funarte
Com informações da Assessoria de Comunicação do Projeto Arte de Toda Gente