1965 – Um objeto não identificado intriga os ouvintes do primeiro LP de Maria Bethânia lançado naquele ano. De quem seria a voz afinadíssima que cantava com a irmã de Caetano Veloso a canção “Sol Negro”?
Soube-se logo que a voz era de Maria da Graça, a Gracinha, baiana de Salvador que, apesar da timidez, havia brilhado, ao lado de Caetano, Gil e Bethânia, no primeiro espetáculo musical do Teatro Vila Velha, espaço coordenado por atores na capital da Bahia. Dessa trupe docemente bárbara, Gracinha foi a última a tentar a sorte no Rio de Janeiro, não sem antes seguir a recomendações do amigo-quase irmão mais velho Caetano: “Atenção, menina! Tudo é perigoso…”
No Rio de Janeiro, o empresário Guilherme Araújo mudou o nome de Gracinha. A partir de então, ela que nascera Maria da Graça Penna Costa Burgos tornou-se a estrela divina e maravilhosa Gal Costa.
Ouça o programa.
O ‘Estúdio F’ aborda a vida e a obra de intérpretes brasileiros e pode ser ouvido também pelo rádio. A Rádio Nacional do Rio transmite o programa às terças, às 20h, com reprises aos domingos às 23h. O ‘Estúdio F’ é também retransmitido pela Nacional FM de Brasília, aos domingos às 20h. A Nacional da Amazônia e a Nacional AM de Brasília transmitem o programa às 23h de domingo.
É possível também ouvir o programa em tempo real no site http://www.ebc.com.br.