A Fundação Nacional de Artes – Funarte e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) divulgaram a programação desta semana do programa Arte de Toda Gente, realizado em parceria pelas duas instituições. Pelo Projeto Um Novo Olhar (UNO), o destaque fica por conta do espetáculo de dança O Canto dos Malditos, com o bailarino Marcos Abranches. O Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos) apresenta os vencedores do Concurso Jovens Solistas do Festival Internacional de Música em Casa. Já pelo Projeto Bossa Criativa, será lançada a segunda parte do minishow do grupo de choro Água de Moringa. Acompanhe todas as atividades do Arte de Toda Gente no canal da iniciativa, no YouTube (neste link) e nos sites de cada ação.
Um Novo Olhar (UNO)
Pelo UNO, mais quatro vídeos da série Novas Tecnologias a Serviço do Coro Infantojuvenil, com o professor Marcelo Nelles, serão disponibilizados no site www.umnovoolhar.art.br. Na segunda-feira, dia 22 de fevereiro, as oficinas Inserindo um Reverb e Delay e automação de parâmetros em cada faixa vão ser publicadas. Já na quinta-feira, dia 25, as oficinas Uso do compressor e como aplicá-lo na finalização de um projeto em wav e mp3 e Gravando com Smartphone e produção de Grupo Virtual estarão disponíveis para acesso.
O propósito da série é ajudar regentes, produtores e alunos de canto coral a utilizar soluções tecnológicas relativamente fáceis, que não requerem equipamentos muito sofisticados e que ajudam a contornar as dificuldades de distanciamento social durante a pandemia. Nos vídeos, além de apresentar essas ferramentas, Marcelo explica como elas funcionam e que tipo de equipamento é necessário para empregá-las. Mostra, também, como os regentes podem criar seus próprios acompanhamentos por meio de instrumentos virtuais; e ainda fazer a produção audiovisual de um grupo musical em que todos os integrantes estejam separados, cada um em sua casa.
Marcelo Nelles é professor da Faculdade Batista do Rio de Janeiro (Fabat). O pianista, arranjador, maestro, compositor e produtor musical tem vasta experiência no palco e nas salas de aula. Seu currículo inclui atuações como: pianista do coral da UO-Rio/Petrobras; maestro do coral da empresa Tivit; maestro da Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (Efomm); produtor de trilhas sonoras, CDs, cantatas e musicais; e professor do coral do Projeto Social Amor Santa Cruz (Gerdau).
Também pelo UNO, no dia 26 de fevereiro, sexta-feira, às 18h, o bailarino Marcos Abranches apresenta o espetáculo O Canto dos Malditos. Neste trabalho, produzido para a montagem, Marcos fala sobre a construção e a pesquisa desenvolvida em forma de vídeo para a apresentação da obra. O espetáculo solo tem como proposta aguçar no corpo “os sentimentos de solidão, fracasso e tristeza frente às atrocidades da vida”. O intuito é trazer à cena, numa espécie de desabafo, os conflitos, as questões sobre o homem e a sua inconsistência.
Marcos Abranches é um bailarino e coreógrafo com deficiência física. Em 2003, entrou para a Cia. FAR 15, atuou nos espetáculos Senhor dos Anjos; Jardim de Tântalo e Metamorfose, de Franz Kafka, todos coreografados e dirigidos por Sandro Borelli e Sônia Soares. Incentivado por Phillipe Gemet, desenvolveu um trabalho coreográfico ao lado de duas bailarinas e fundou o Grupo Vidança, apresentando a peça Desequilíbrio – que depois transformou-se em um espetáculo solo, que alcançou mais de cem apresentações. Participou do Kulturdifferenztans, em Colônia (Alemanha), e no mesmo país, do Crossings Dance Festival em Düsseldorf, apresentando Via sem Regra, sob direção de Gerda König. Atuou na peça Trem Fantasma, uma adaptação, no Brasil, da obra Navio Fantasma, de Wagner. A montagem foi dirigida por Christoph Schligensielf, rendendo a Abranches o convite para atuar nas temporadas de 2008 e 2010 da ópera teatralizada Vida e Obra deJoana D’Arc, no Deutsche Open Berlin (Alemanha).
Sistema Nacional de Orquestras Sociais (Sinos)
Pelo projeto, estão em publicação mais três conjuntos de performances musicais de jovens solistas: nos dias 22 de fevereiro, segunda-feira; 24, quarta-feira; e dia 26, sexta-feira. Durante todo o mês de fevereiro, o Sistema Nacional de Orquestras Sociais disponibiliza, no site www.sinos.art.br, vídeos com apresentações desses músicos, vencedores do Concurso Sinos Jovens Solistas do Festival Internacional de Música em Casa (Fimuca), ocorrido no fim do ano passado. O concurso foi realizado pelo Sinos em parceria com a organização do Fimuca, entre junho e julho de 2020.
Bossa Criativa
Na terça-feira, dia 23 de fevereiro, às 10h, foi publicada no site www.bossacriativa.art.br a aula número 6 do módulo 8 com – Maurício Carrilho, sobre maxixe e mata-burro, ministrada por Maurício Carrilho. No mesmo dia e horário vão ao ar outros dois vídeos, a Aula 6 do módulo Furiosa Portátil, com Marcílio Lopes, e a polca Manguaceira; e a Aula 6 do Módulo Princípios do Choro, com Paulo Aragão, sobre tango brasileiro. Os vídeos fazem parte da Série Casa do Choro.
Maurício Carrilho é fundador da primeira gravadora do Brasil especializada em choro, a qual, em 2001, lançou a série Princípios do Choro. Em 2000, fundou a Oficina de Choro, ao lado de Luciana Rabello, Celsinho Silva, Álvaro Carrilho e Pedro Amorim. É professor de Violão na Escola Portátil de Música, no Rio de Janeiro, a qual criou, ao lado de Luciana Rabello. É um dos fundadores e, hoje, vice-presidente do Instituto Casa do Choro, também na capital fluminense, que produziu a série de mesmo nome, em parceria com o Bossa Criativa.
Paulo Aragão é um dos mais destacados arranjadores brasileiros de sua geração. Trabalhou ao lado de nomes como Guinga, Mauricio Carrilho, Nailor Proveta e Monica Salmaso. Foi colaborador de artistas como Sergio Assad, Yamandu Costa e Hamilton de Holanda. Algumas de suas composições e arranjos foram tocados por formações instrumentais como a Los Angeles Philharmonic Orchestra, a Orchestre National de France, a Gewandhaus Orchestra, de Leipzig (Alemanha), a Metropole Orkest (Holanda) e, no Brasil, a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), a Orquestra Petrobras Sinfônica (OPS) e a Orquestra Jazz Sinfônica (SP), entre outras. É integrante e fundador do Quarteto Maogani de Violões, com o qual já ganhou os prêmios TIM, Caras, Rival BR e o 26º Prêmio da Música Brasileira, como melhor grupo instrumental. É professor da Escola Portátil de Música e um dos diretores da Casa do Choro.
Marcílio Lopes é bandolinista autodidata, bacharel em Composição pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), com mestrado e doutorado em Música/Musicologia também por essa instituição. É instrumentista em grupos como Água de Moringa, Caldereta Carioca e Bandolinata. Fez parte da Orquestra de Música Brasileira, da Orquestra de Cordas Brasileiras e da Camerata Universidade Gama-Filho. Desenvolve um trabalho de ensino e difusão da cultura do choro, junto à Escola Portátil de Música. Participa de gravações em estúdios de grandes nomes da MPB. Tem experiência em editoração musical, atuando na música popular, de concerto e na música contemporânea. Atuou como editor nos cinco volumes da coleção Sambabook; e também nos dois volumes do Caderno de Partituras de Jacob do Bandolim e Tocando com Jacob. Publicou, em 2012, o livro Harmonia ao Bandolim, resultado de uma longa observação sobre os procedimentos da harmonia clássica e da abordagem funcional da prática popular no instrumento.
Também pelo projeto Bossa Criativa, a Série Casa do Choro apresenta a segunda parte do minishow do grupo Água de Moringa no dia 26 de fevereiro, sexta-feira, às 18h. A apresentação foi gravada em duas partes. A primeira foi exibida na última sexta-feira, dia 19, e já está disponível para acesso no site do projeto. O grupo Água de Moringa é formado por Rui Alvim (clarinete, clarone, sax soprano e sax alto), Marcílio Lopes (bandolim, violão tenor e bandocello), Jayme Vignoli (cavaquinho). Luiz Flavio Alcofra (violão e viola caipira), Josimar Gomes Carneiro (violão de sete cordas) e André Santos “Boxexa” (percussão e bateria). Saiba mais sobre o minishow aqui.
As atividades gratuitas relacionadas aos projetos da Funarte em parceria com a UFRJ estão disponíveis para visualização, apreciação, download e estudo nos sites próprios e no Portal da Fundação, www.funarte.gov.br. Para participar e aproveitar todas as ações do Arte de Toda Gente, basta fazer a inscrição e acessar o canal do programa, aqui.
No portal da Funarte o público pode conferir estas e todas as outras ações da instituição.
Programa Arte de Toda Gente
Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte
Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Curadoria: Escola de Música da UFRJ
Com informações da Assessoria de Comunicação do Programa Arte de Toda Gente