Funarte celebra o centenário de Ademilde Fonseca

Funarte/Centro de Documentação e Pesquisa/Projeto Pixinguinha, 1977: show de Ademilde Fonseca e Abel Ferreira

Neste mês de março de 2021, a Fundação Nacional de Artes – Funarte presta homenagem á cantora Ademilde Fonseca, que faria cem anos no dia 4, quinta-feira passada

Consagrada como suprema intérprete do choro, ela foi um dos maiores nomes da Era do Rádio, com sucessos como Tico-Tico no Fubá (Zequinha de Abreu), Brasileirinho (Waldir Azevedo e Pereira da Costa), Apanhei-te Cavaquinho (Ernesto Nazareth), Urubu Malandro (popular – gravado por Pixinguinha) e Dinorá (Darci de Oliveira e Benedito Lacerda). Em longa carreira, de imenso êxito, Ademilde gravou mais de 60 discos, entre álbuns, compactos e coletâneas, no período de 1942 a 2001. Recebeu do maestro Benedito Lacerda o título de “Rainha do Chorinho”.

Para entender a importância da artista, pode ser citado Herminio Bello de Carvalho, reconhecido como autoridade em música popular brasileira. Na contracapa do LP “A Rainha Ademilde e seus Chorões Maravilhosos”, Hermínio assim deixou escrito: “Rainha inconteste de um gênero predominantemente instrumental, ela se impôs através dos anos como intérprete, única e inigualável. Afinação irrepreensível, articulação precisa, senso rítmico incomum e timbre inconfundível”.

Ademilde Fonseca nasceu em Pirituba, Rio Grande do Norte. Desde os três anos de idade já cantava “choro seresteiro”. Ainda na infância,aprendeu com um colega de escola a letra de Tico-tico no fubá. A cantora, que veio para o Rio de Janeiro em 1941, logo se destacou como a nova intérprete do choro – gênero pouco cantado, até então. Fez grande sucesso ao gravar Brasileirinho. No famoso Projeto Seis e Meia, nos anos 1970, no Teatro João Caetano, Centro do Rio, a artista conquistou um novo público: jovens que não conheciam seu talento.

Para lembrar o centenário de Ademilde, o programa de rádio Armazém Cultural, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) convidou a filha da artista, a também cantora Eymar Fonseca, e o biógrafo e genro da artista, Airton Barreto – que lançou o livro Ademilde Fonseca, a Rainha do Chorinho. Acesse o programa aqui.

A Funarte saúda a memória da cantora, por meio do registro da sua participação no Projeto Pixinguinha, em 1977 – em turnê pelo Brasil, ao lado do clarinetista Abel Ferreira. Segundo crítica da época, de Wladimir Soares, a apresentação da temporada gravada no Teatro Dulcina, no Rio, foi um “show perfeito”. Acesse aqui imagens e áudio no Projeto Brasil Memoria das Artes.

Em 2009, A Funarte homenageou Ademilde no programa Estúdio F. Acesse aqui.

Com informações do Portal da Funarte e da Coordenação de Difusão e Pesquisa – Centro de Programas Integrados – Funarte

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