A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do fotógrafo German Lorca. Ele faleceu aos 98 anos, no último sábado, dia 8 de maio, de “causas naturais”. Lorca era o último representante da associação de fotógrafos Foto Cine Clube Bandeirante (FCCB), que introduziu novas tendências na fotografia nacional.
No mesmo dia do falecimento de Lorca, o MoMa de Nova York abriu a mostra Brazilian Modernist Photography and the Foto-Cine Clube Bandeirante [Fotografia Modernista Brasileira e o Foto-Cine Clube Bandeirante] 1946-1964, que inclui obras do fotógrafo.
Nascido na capital paulista em 28 de maio de 1922, Lorca se formou em ciências contábeis pelo Liceu Acadêmico e, no final da década de 1940, passou a integrar o FCCB. A entidade, criada em 28 de abril de 1939, em São Paulo, reuniu fotógrafos pioneiros, com uma produção experimental, inspirada no surrealismo, abstracionismo e concretismo. Em 1952, o profissional abriu estúdio próprio e, dois anos depois, foi escolhido o fotógrafo oficial do Quarto Centenário da Cidade de São Paulo.
A obra de German Lorca revela um “olhar perspicaz” sobre a paisagem da cidade de São Paulo, entre o fim da década de 1940 e início da seguinte – conforme comenta a Enciclopédia Itaú Cultural. Segundo a fonte, nas imagens do fotógrafo, as cenas da vida cotidiana se transformaram em poesia ou estranhamento; e a produção inicial de Lorca teve participação decisiva na renovação da fotografia moderna no país.
O fotógrafo deixa três filhos, seis netos e três bisnetos.
A Funarte publicou, em abril deste ano, reportagem sobre os 82 anos do FCCB e sobre a mostra Brazilian Modernist Photography and the Foto-Cine Clube Bandeirante 1946-1964 (confira aqui, neste link).
Com informações do Centro de Preservação e Conservação Fotográfica Centro de Programas Integrados da Funarte; e da Enciclopédia Itaú Cultural