A Fundação Nacional de Artes lamenta a morte do fotógrafo Thomaz Farkas, ocorrida na sexta-feira (25/03), aos 86 anos, em São Paulo. Húngaro de nascimento, Farkas foi um dos pioneiros da fotografia no Brasil.
Fiel a sua inseparável Leica, registrou imagens importantes do Brasil, como a construção de Brasília. Generoso, dividiu suas lentes com os jovens cineastas Paulo Gil Soares, Maurice Capovilla e Geraldo Sarno, ao lançar um olhar realista sobre o Brasil nas décadas de 1960 e 1970, período em que documentou as transformações do país. Seu projeto Caravana Farkas produziu documentários sobre o Brasil como “Jânio a 24 Quadros” (1981), que retrata a trajetória política do ex-presidente Jânio Quadros, além da série em cores sobre a Amazônia e Nordeste.
Thomaz Farkas foi professor de Fotografia, Fotojornalismo e Jornalismo Cinematográfico da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP).
A genialidade desse mestre da fotografia está registrada no documentário “Thomaz Farkas, Brasileiro” (2004), de Walter Lima Junior. Produzido na cidade de Parati (RJ), o filme é uma homenagem ao grande fotógrafo.
Antonio Grassi
Presidente da Fundação Nacional de Artes