Funarte lamenta a morte do cantor e compositor Dominguinhos do Estácio

Dominguinhos do Estácio (Reprodução de rede social / @dominguinhosestacio.oficial)

A Fundação Nacional de Artes – Funarte lamenta a morte do cantor e compositor Dominguinhos do Estácio, um dos intérpretes mais vitoriosos do carnaval carioca. Ele faleceu aos 79 anos, na noite deste domingo, dia 30 de maio, em Niterói (RJ), vítima de uma hemorragia cerebral.

Domingos da Costa Ferreira completaria 80 anos em 4 de agosto. Nasceu no Morro de São Carlos, no local denominado Terreiro Grande, no bairro do Estácio, na cidade do Rio de Janeiro (RJ). Começou a carreira na década de 1960, na Escola de Samba Estácio de Sá, quando esta ainda se chamava Unidos de São Carlos. Nos anos 1970, foi ritmista do bloco carnavalesco Bafo da Onça e integrou o grupo Exporta Samba. Passou pelas escolas de samba Grande Rio, de Duque de Caxias (RJ), e Imperatriz Leopoldinense, do Rio de Janeiro. Em 1996, foi para a Unidos do Viradouro, de Niterói.

Pela Imperatriz Leopoldinense, foi campeão do carnaval carioca em 1980, 1981 e 1989; pela Estácio, em 1992; e pela Viradouro, em 1997. Ganhou dois prêmios do Estandarte de Ouro de Melhor Intérprete: em 1984, na Estácio de Sá; e em 2000, na Viradouro.

Dominguinhos do Estácio (Reprodução de rede social / @dominguinhosestacio.oficial)

Em 1986, gravou o disco Bom Ambiente, no qual interpretou músicas como Fingida (de Arlindo Cruz e Rixa) e Alô Belém do Pará, de sua autoria em parceria com Darcy do Nascimento. Em 1989, lançou o disco Gosto de Festa, interpretando composições de Almir Guineto, Adalto Magalha, Acyr Marques, Franco, Preto Joia e Lourenço. Entre outros discos lançados está Mar de Esperança, de 1992, com músicas de Pedrinho da Flor, Adalto Magalha e Zé Roberto. Em 2012, a gravação que fez do samba-enredo Liberdade, Liberdade, Abra as Asas sobre Nós, da Imperatriz Leopoldinense, foi incluída na trilha sonora da novela Lado a Lado.

Escolas de samba e artistas prestaram homenagens a Dominguinhos do Estácio nas redes sociais. A Estácio de Sá escreveu que “a doce voz do Terreiro Grande se cala” e que “amanhecemos sem o grande intérprete, ídolo e mestre de todos nós”. A Unidos do Viradouro registrou: “Por 11 anos, Dominguinhos foi o intérprete oficial da Viradouro e emocionou milhões de corações. Sua voz inconfundível e seu carisma cativaram nossa comunidade, criando uma relação única e especial, que ficará para sempre na história do samba e da Viradouro.”

Dominguinhos estava internado desde o dia 11 de maio, no Hospital Azevedo Lima, em Niterói, “em decorrência de complicações em seu quadro de saúde”, de acordo com nota oficial.

Com informações do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira

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